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Após reunião, Temer e Aécio negam que estejam articulando mudança no PSDB

Última atualização 21/08/2017 | 10:44

Após o presidente Michel Temer afirmar que não interfere em assuntos internos de outros partidos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou nota na noite deste domingo (20) na qual nega qualquer tipo de interferência do governo ou do presidente nas questões internas do PSDB.

De acordo com a colunista do G1 Andréia Sadi, Temer chamou Aécio na noite da última sexta-feira (18) para uma reunião no Palácio do Jaburu.

Segundo o Blog da Andréia Sadi, preocupado com as críticas ao governo lideradas pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), Temer articula com Aécio uma operação para esvaziar o grupo de Tasso.

A estratégia de Temer, segundo a colunista, é incentivar Aécio Neves a retomar o comando do partido. Assim, ele indicaria um novo interino para a presidência, isolando Tasso.

“O senador Aécio Neves tratou de assuntos de interesse da Cemig no último encontro com o presidente da República. O senador afirma que o PSDB tem responsabilidade para com a estabilidade política e a recuperação econômica do país, o que torna natural que lideranças do partido tenham conversas com o presidente e membros do governo”, disse Aécio por meio de sua assessoria de imprensa.

“Estranho seria se isso não ocorresse. Quanto às questões internas do PSDB, essas são discutidas internamente, sem qualquer participação do governo ou do presidente”, concluiu o tucano.

Crise no PSDB

A crise interna no PSDB se agravou após a propaganda exibida em cadeia nacional de TV pelo partido na quinta (17).
No vídeo, de dez minutos, a legenda diz que errou ao aceitar como “natural” a troca de favores individuais em prejuízo da “verdadeira necessidade do cidadão brasileiro”. A propaganda também criticou o “presidencialismo de cooptação” e defendeu a adoção do sistema parlamentarista.

O conteúdo da propaganda gerou críticas entre tucanos. Os ministros peessedebistas Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), por exemplo, afirmaram que a peça publicitária foi um “tiro no pé” do PSDB e “ofendeu fortemente” o partido.

Já Tasso afirmou que não se arrepende “de nada” sobre o tom da propaganda.
“Eu sou o presidente interino. Enquanto eu for o presidente interino, eu dou a orientação. […] O partido não está rachado, todos os partidos hoje são rachados no sentido de que têm posições divergentes. Não existe pensamento único. Pensamento único, só no partido comunista”, afirmou Tasso na sexta, após ser questionado sobre o assunto.

As informações são do Portal G1