Após ser chamado de vagabundo por Bolsonaro, Dória rebate que Butantan é especialista em anti-rábica

Nesta quinta-feira, 08, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), respondeu aos xingamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em jantar com empresários ontem, 07, e publicados pela Folha de SP.

Conforme relatos de pessoas presentes na cerimônia, o presidente declarou em discurso que “o governador de vocês é um vagabundo, caralho”.

“Calma, @jairbolsonaro. Além da Coronavac, o Butantan é especialista na anti-rábica. Fique tranquilo, vou te vacina”, escreveu o governador paulista no Twitter nesta quinta-feira, 08.

De acordo com os relatos, durante o jantar, Bolsonaro se referiu a Doria como: “O vizinho aqui de vocês é um vagabundo”.

A casa do governador fica no Jardim Europa, no bairro mais nobre de São Paulo, vizinho do Jardim América, onde fica a residência de Cinel, onde aconteceu o jantar a pedido do próprio Palácio do Planalto.

Bolsonaro declarou que, segundo informações de empresários que escutaram o discurso, Doria é um destruidor de vidas, está acabando com empregos, comércios e fechando restaurantes.

O jantar em São Paulo contou com a presença de amigos, ou ex-amigos, de Doria. Washington Cinel, anfitrião, sempre foi próximo do governador, inclusive, em 2016,  o tucano foi lançado para concorrer à Prefeitura de São Paulo na casa dele.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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