Após vender água “consagrada” Pastor R.R Soares é internado com Covid-19

O pastor Romildo Ribeiro Soares, conhecido como R. R. Soares, de 73 anos, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, foi internado às pressas no Rio de Janeiro depois de testar  positivo para Covid-19. A informação foi dada pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Em 2020, o pastor vendeu em seu programa de TV uma água “consagrada” por ele em ritual para curar a Covid-19. No programa “SOS da Fé”, o pastor garantiu que a água possui propriedades “milagrosas” e pedia doações aos fiéis.

Conforme a reportagem do UOL da época, para comprovar a eficácia da “água consagrada”, R. R. Soares mostrava os curados por sua oração. As assistentes do programa reproduzem relatos de supostos curados pela oração, com pessoas de diversos locais do país que adquiriram a água abençoada por R.R. Soares.

De acordo com Ancelmo Gois, o missionário R. R. Soares tem tido papel importante como “conselheiro” de pessoas do governo de Jair Bolsonaro. Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do governo federal, afirmou que Soares era uma “figura de consulta”.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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