Aposentadoria de Michel Temer está suspensa desde outubro

A aposentadoria do presidente da República Michel Temer está suspensa desde outubro do ano passado. Ele não compareceu ao recadastramento anual obrigatório. A “prova de vida” deve ser feita todos os anos. Ela é feita no mês de aniversário da pessoa.

A informação é do jornal O Globo. Aposentado desde 1999 com o cargo de procurador do estado de São Paulo, Temer aposentou-se aos 58 anos e recebe cerca de R$ 45 mil de aposentadoria. “O valor, no entanto, foi abatido do teto previsto para o cargo, chegando a R$ 22,1 mil. O valor recebe a adição de mais R$ 2,7 mil, correspondente ao salário de presidente da República, já abatido do teto”, informa O Globo.

A entidade responsável pela administração e pagamento dos benefícios do governo do estado, a São Paulo Previdência, a SPPrev, explica que o benefício é suspenso automaticamente quando o cidadão não aparece para o recadastramento, que pode ser realizado em qualquer agência do Banco do Brasil em todo o Brasil, ou em uma das unidades de atendimento da SPPrev.

Em comunicado, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência informou que o problema aconteceu “por falta de tempo” do presidente, que o fará “assim que possível”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos