O governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), realizou a apreensão de 16 mil celulares nos presídios do estado em um período de dois anos. Esses dados alarmantes indicam que, em média, 22 celulares são encontrados por dia, totalizando 666 apreensões mensais. A situação se agravou ainda mais em fevereiro de 2025, com 126 celulares apreendidos em apenas cinco dias.
Diante desse cenário preocupante, a Seap intensificou as ações de fiscalização nas cadeias nos últimos anos. No entanto, a secretaria se calou quando questionada sobre como tantos celulares, equipamentos e drogas conseguiram adentrar o sistema prisional. Essa falta de resposta levanta sérias questões sobre a segurança e controle dos presídios do estado.
Recentemente, uma operação realizada nas penitenciárias Esmeraldino Bandeira e Jonas Lopes de Carvalho, conhecidas como Bangu 4, resultou na apreensão de nove celulares, um roteador e 1kg de drogas. Os agentes precisaram utilizar marretas para acessar os aparelhos enterrados, em uma ação voltada para desmantelar atividades criminosas ligadas à facção Terceiro Comando Puro (TCP).
Paralelamente, a Justiça determinou o afastamento de autoridades do sistema penitenciário, como o subsecretário de Tratamento Penitenciário e inspetores, devido a suspeitas de corrupção. Um preso denunciou extorsão para obter benefícios como laudo médico e prisão domiciliar, sendo solicitados valores exorbitantes, como R$ 600 mil. Esses casos reforçam a necessidade de combater a corrupção e a ação de facções criminosas dentro dos presídios do Rio de Janeiro.