Apreensões de drogas no Rio triplicou entre 2008 e 2015

Entre 2008 e 2015, o número de registros de ocorrência de apreensões de drogas no Rio triplicou e superou 28 mil ocorrências no último ano desse período. O dado consta do relatório Panorama das Apreensões de Drogas no Rio de Janeiro, divulgado hoje (15) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Para o órgão, o resultado mostra que as apreensões, especialmente, as referentes ao tráfico, estão crescendo no estado, como também, o montante de massa de maconha e cocaína recolhido nas ruas e retirada do mercado.

O relatório avaliou as apreensões por meio de estatísticas descritivas e as qualificou, nos registros, conforme cada uma das modalidades: por posse ou por uso; tráfico; e apreensão de drogas sem autor. A metodologia se repete nas avaliações da massa dos considerados três principais tipos de droga: maconha, cocaína e crack, que tem o mesmo princípio ativo da cocaína e se diferencia pelo modo de consumo e substâncias secundárias.

De acordo com o documento, em 50% das ocorrências em 2015 foram apreendidos até 10 gramas de maconha. Quando os valores são distintos, são verificados por modalidade de ocorrência. As apreensões de maconha por tráfico tiveram uma média de 56 gramas, enquanto as sem autoria ficaram em 70 gramas e nos casos de posse não passaram de dois gramas. Em cerca de 400 ocorrências houve apreensão, no total, de 94 toneladas de maconha. O número sobe quando se tratava de cocaína. Em 500 casos foram recolhidas chegaram a quase cinco toneladas. Também em 2015, 50% das ocorrências foram consideradas como tráfico e 43% como posse.

O relatório aponta ainda que entre os três tipos de drogas mais apreendidas, a maconha é a mais representativa, um reflexo do maior consumo. No período de estudo entre 2010 e 2016, as apreensões aumentam a cada ano dessa série histórica. As apreensões de cocaína também apresentaram ascensão, mas em menor valor absoluto. Já o crack se manteve estável com cerca de 200 casos mensais.

Massa das drogas

Para o ISP, o aumento nos casos de maconha e de cocaína pode explicar a alta no recolhimento das massas de drogas retiradas do mercado nos últimos anos. A massa da maconha atingiu 22 toneladas em 2015, valor quatro vezes maior que em 2012. O recorde, no entanto, foi no ano de 2010, quando foram apreendidas 42 toneladas da droga.

De acordo com o relatório, este foi um ano atípico porque ocorreu um evento específico, que foi a ocupação do Complexo do Alemão pelas forças de segurança do estado do Rio. Em novembro desse ano, foram recolhidas 35 toneladas de maconha. Depois disso foram necessários quase quatro anos para atingir valor semelhante. Entre dezembro de 2010 e outubro de 2014 foram apreendidas 36 toneladas de maconha.

As apreensões de massa de cocaína mais que dobrou em 2015, chegando ao total de duas toneladas e 300 quilos em 2015, enquanto em 2010 foram apreendidos 900 quilos. A estabilidade nas apreensões da massa e nos casos de crack, segundo o ISP, pode indicar que não há epidemia da droga no estado do Rio.

De acordo com o ISP, os dados incluídos no relatório se referem aos registros de ocorrência das apreensões de drogas da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e aos laudos periciais feitos pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que atesta a presença de substâncias ilícitas e sua quantidade.

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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