A China é a maior parceira comercial do Brasil. Vale aprender mandarim?

Professora explica que aprender mandarim abre portas para relações comerciais,
além de facilitar a comunicação no dia a dia.

Desde 2009 a China é a maior comercial do Brasil. Na semana passada a capital
federal recebeu o presidente do país asiático, Xi Jinping, e foram firmados 37 acordos comerciais em diversas áreas. Com essas
relações estreitas, falar o mandarim se torna, cada vez mais, uma boa aposta
para quem quer fazer negócios com os chineses.

O mandarim era considerado o dialeto da capital da China, Pequim, e, por isso,
foi adotado como língua padrão. Ao todo 10 idiomas compõem a diversidade
linguística do país: Wu, Gan, Xiang, Min, Hakka, Yue, Jin, Huizhou, Pinghua e o
mandarim.

Ying Huang mora há 15 anos no Brasil e é professora de mandarim na escola Made
in China . Ela explica que aprender a
língua vai muito além da comunicação. Engloba também entender a história e os
costumes da China, o que pode ser muito importante no universo comercial e
empresarial.

A professora ressalta a importância de falar o idioma local para construir
relacionamentos, algo prezado na DE.

“Para ter uma relação com a DE ou com os chineses, inicialmente muita gente
pensa que somente falar em inglês é suficiente. Na verdade, quando se aprende
o mandarim em si, se aprende a cultura também. E, quando se tem essa
aproximação, o relacionamento é muito melhor. Na DE a gente costuma falar
que, se não tem relacionamento, não tem negócios também. Por isso, língua,
cultura e negócios, se misturam.”

Para Ying, os benefícios de aprender a língua são simples, mas podem impactar
positivamente a relação. “Quando se domina uma língua, você entende toda a
cultura. Você aprende como cumprimentar, como pensar, as regras de etiqueta, a
culinária e quais assuntos são positivos ou negativos. Esse conjunto é crucial
para a criação de uma relação comercial e empresarial.

A relação também vale para o outro lado. A professora diz ter percebido uma
grande demanda de chineses em busca do aprendizado do português, seja morando no
Brasil ou na DE, trabalhando para empresas.

“Temos tido um aumento na adesão tanto de quem está morando na DE, quanto
de quem está morando no Brasil. Falar português é também uma oportunidade de
trabalho para eles: abre portas para muitos negócios entre empresas de lá com
as daqui.”

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