Aprendiz do Futuro prorroga inscrições para setembro

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) prorrogou para 10 de setembro as inscrições para o processo seletivo para 10 mil vagas do programa Aprendiz do Futuro, que terminaria nesta sexta-feira, 25.

Com isso, os interessados terão mais tempo para pleitearem uma colocação no maior programa de socioaprendizagem do Brasil, com foco em tecnologia, mercado de trabalho, alta performance e impacto social na vida dos jovens em situação de vulnerabilidade.

INSCRIÇÕES

As inscrições podem ser realizadas no site do programa (aprendizdofuturo.org.br) e o edital completo com todos os detalhes está disponível nositeda Seds .

Podem se inscrever adolescentes com idade entre 14 anos (completos em 2023) e 15 anos e 11 meses, que estejam em vulnerabilidade econômica e social, com família inscrita no Cadastro Único, sejam estudantes de rede pública ou bolsista de 100% de rede particular, com renda familiar de até dois salários mínimos.

PÚBLICO-ALVO

O programa tem ainda como público-alvo adolescentes de etnia tradicional como indígena, quilombola, cigano ou afrodescendente.

Se o adolescente pertencer a uma família que possua mulher vítima de violência doméstica, também poderá se inscrever no Aprendiz do Futuro.

Atualmente, 6.594 adolescentes estão em atuação pelo programa em órgãos públicos nos 246 municípios.

BENEFÍCIOS

Os selecionados receberão remuneração de R$ 619,99, férias, 13º salário, vale-alimentação de R$ 150, seguro de vida, uniforme, crachá e vale-transporte. O processo seletivo terá cota de 5% a 10% para pessoas com deficiência, sem limite de idade. O resultado será divulgado no site da Seds e nas redes sociais da secretaria.

Para auxiliar os interessados em entrar para o programa, a Seds organizou uma aula com o passo a passo do processo de inscrição. A orientação está disponível no canal da secretaria no YouTube .

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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