Aprosoja pede plano alternativo para controle fiscal ao Congresso: crise iminente?

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Aprosoja pede plano alternativo para condução econômica ao Congresso

Entidade considera que país está em “descontrole das contas públicas com risco de recessão”

A Aprosoja Brasil emitiu uma nota com críticas à condução da economia no país e pede que o Congresso Nacional faça “um plano alternativo de controle indireto da política econômica” diante do que considera “um descontrole das contas públicas e o risco de recessão”.

No texto, a entidade defende que o Legislativo acelere a tramitação da Reforma Administrativa e intensifique a fiscalização dos gastos públicos, argumentando que “a dívida pública alcança níveis recordes sem que haja uma crise que justifique a escalada das despesas”.

A nota pontua que a relação Dívida/PIB do Brasil chegou a 85%, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), e diz que, associada ao aumento da Selic, atualmente em 13,25% ao ano, e inflação descontrolada, o país “deteriorou” a imagem ante as agências de re classificação de risco para investimento, numa trajetória de “calote”, conhecida no jargão econômico com Default.

Segundo a Aprosoja, “o governo não apresenta propostas para cortes ou reestruturação dos gastos”, mesmo que fale muito sobre responsabilidade fiscal. Segundo eles, isso tem gerado “inflação crescente e perda de confiança dos agentes econômicos”. A nota ainda aponta que, mesmo que a arrecadação federal tenha sido recorde histórico em 2024, “os gastos superam as receitas, ampliando o déficit nominal a níveis comparáveis aos registrados durante a pandemia”.

A entidade ainda critica a emissão de títulos da dívida e a tomada de novos empréstimos, o que afasta o investidor. Além disso, o aumento dos gastos sem compensação estrutural leva “à precificação de risco pelos investidores e à elevação dos juros”.

Para a Aprosoja, essa política resulta em “um crescimento artificial da economia”, enquanto o empresariado busca compensar a desvalorização monetária ao aumentar preços de bens e serviços.

AGRO SOBE O TOM COM GOVERNO

No texto, a Aprosoja ainda argumenta que o agro, apesar do crédito restrito, vai entregar “mais uma safra recorde de grãos”. A entidade critica o governo por, segundo ela, “tratar o setor rural como responsável pelo aumento dos preços dos alimentos” e defende que “o agronegócio deve ser visto como parte da solução econômica do país”.

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