Aprovação com ressalvas das contas do GDF pelo TCDF em 2023: o que isso significa para a população do Distrito Federal?

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) aprovou, com ressalvas, a prestação de contas do Governo do Distrito Federal (GDF) referente ao ano de 2023, primeiro ano do segundo mandato de Ibaneis Rocha (MDB). A votação pelo tribunal aconteceu na manhã desta quinta-feira (28). O conselheiro André Clemente, relator da decisão, fez ao todo 28 ressalvas e 25 determinações sobre as contas do governo. Dentre as ressalvas feitas pelo tribunal, destacam-se o recorrente uso de despesas sem contrato formal, a falta de sistema de informação para acompanhamento de obras públicas, a falta de transparência em parcerias público-privadas, e a ausência de sistema e transparência nas políticas de atenção primária à saúde.

Observou-se que recursos previstos no último ano não foram utilizados adequadamente. Fundos como o da criança e do adolescente, modernização e manutenção da polícia civil e militar, assim como da Universidade do Distrito Federal (UNDF) tiveram baixa utilização de recursos conforme o previsto. No setor da Educação, a fiscalização do TCDF apontou a falta de progresso nos principais indicadores de qualidade do ensino público do DF. Já na Saúde, o tribunal encontrou problemas na prestação de serviços em unidades básicas de saúde, pronto-socorros e hospitais, incluindo má conservação de unidades de saúde, filas de espera, baixa cobertura, falhas na distribuição de medicamentos, desigualdade na oferta de serviços, entre outras questões.

O relatório elaborado pelo TCDF será encaminhado para a Câmara Legislativa do DF (CLDF) para julgamento definitivo das contas. O órgão legislativo será responsável por analisar as ressalvas e determinações apontadas pelo Tribunal de Contas. Em paralelo, discussões acerca do Fundo Constitucional do DF ganham destaque, com políticos como Haddad prevendo mudanças significativas. A transparência e boa gestão dos recursos públicos, particularmente no Distrito Federal, tornam-se temas cruciais para garantir um melhor funcionamento dos serviços essenciais à população.

Em suma, a aprovação com ressalvas das contas do GDF pelo TCDF reflete a importância do controle e fiscalização dos recursos públicos. A população do Distrito Federal espera que as determinações feitas pelo Tribunal sejam efetivamente implementadas e que medidas corretivas sejam adotadas para garantir uma gestão financeira transparente e eficiente. O acompanhamento dos órgãos de fiscalização e controle é essencial para garantir a adequada utilização dos recursos destinados aos serviços públicos, como educação, saúde e segurança. Por fim, é fundamental que as autoridades competentes ajam com diligência para corrigir as falhas apontadas e melhorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população do Distrito Federal.

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Prevenção da obesidade nos primeiros 2 mil dias de vida: estratégias essenciais – Saúde

Saiba como os primeiros 2 mil dias de vida podem prevenir a obesidade

Pesquisa da Austrália demarca esse período como uma janela de oportunidade para
evitar a obesidade e problemas de saúde no futuro

Criado em 2010, a partir de um programa da Organização das Nações Unidas (ONU),
o conceito dos primeiros mil dias (280 de gravidez + 730 dos primeiros dois
anos) de vida envolve estratégias que são capazes de impactar a saúde em longo
prazo. Trata-se de uma janela de oportunidade que ajuda a garantir o
desenvolvimento físico e mental.

Mas, a partir de achados recentes da literatura científica, pesquisadores de
diversos países estão propondo ampliar o período para até o quinto ano de vida.
Um trabalho publicado em setembro no periódico Nature Reviews Endocrinology
[https://www.nature.com/articles/s41574-024-01035-2] também aposta nesse novo
número.

Por meio de uma revisão de estudos, cientistas da Austrália enfatizam a
importância de reduzir o risco da obesidade
[https://www.DE.com/saude/obesidade-veja-doencas-relacionadas-com-o-excesso-de-peso]
logo nos 2 mil primeiros dias. “É melhor prevenir o quanto antes, evitando que a
obesidade se instale, porque o tratamento é muito mais complicado”, afirma a
pediatra e endocrinologista Lindiane Gomes Crisostomo, do Hospital Israelita
Albert Einstein.

Existem evidências de que, nesse período que engloba tanto o ventre materno
quanto os primeiros anos seguintes, o organismo está mais sensível às
influências do ambiente. É uma fase em que o corpo apresenta maior plasticidade.
Daí a importância de intervenções que, segundo pesquisas, teriam efeitos
duradouros.

> “O ideal é começar já no pré-natal, com estímulo a uma alimentação saudável
> pela gestante, e seguir com incentivo ao aleitamento materno após o parto”,
> comenta Crisostomo. O zelo com a introdução alimentar
> [https://www.DE.com/saude/introducao-alimentar-criancas-bons-habitos],
> após os 6 meses de vida do bebê, favorece a adoção de bons hábitos ao longo da
> infância.

Combater o sedentarismo
[https://www.DE.com/saude/riscos-do-sedentarismo-para-saude] é mais uma
atitude essencial. “Deve ser bem lúdico, para que a criança aprenda a gostar de
atividade física desde cedo”, sugere a médica.

Mãe alimentando seu filho alegre enquanto apresentava a primeira refeição
sólida, bebê todo bagunçado e com mingau sentado na cadeira alta e rindo.
DE
[https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2024/11/20141341/introducao-alimentar-bebe.jpg]A
introdução alimentar contribui para moldar o paladar e para a aceitação de um
cardápio saudável a longo prazo

Entre as estratégias também está estabelecer uma rotina de sono. Para cada
período há um determinado número de horas, que deve ser respeitado. “Quando não
se dorme o suficiente ocorre uma alteração na produção de certos hormônios, caso
do cortisol, que estão envolvidos com o aumento da pressão arterial, o ganho de
peso e o aumento do risco do diabetes, entre outros distúrbios”, comenta a
especialista

A pediatra enfatiza ainda que as telas devem ser proibidas até os 2 anos e, após
esse período, precisa haver muita cautela ao utilizá-las. “Além de interferir
com o sono, a utilização exagerada pode desestimular brincadeiras e exercícios
físicos”, comenta.

Sem contar o hábito de fazer as refeições de olho nos aparelhos. “Muitas vezes a
criança nem percebe o que está comendo”, lamenta. Para piorar, já existem
evidências da relação com a puberdade precoce. “O excesso no uso favorece
alterações neuroquímicas”, avisa a pediatra e endocrinologista.

ESTRATÉGIAS ANTIOBESIDADE

A pesquisa australiana traz orientações para cada fase dos primeiros 2 mil dias
de vida de uma criança. Saiba mais sobre os principais pontos:

NA GESTAÇÃO

Durante os nove meses ocorre o desenvolvimento da placenta, dos órgãos e o
crescimento do bebê. A adoção de um cardápio equilibrado e a prática de
atividade física orientada favorecem o ganho de peso saudável da grávida.
Realizar o acompanhamento pré-natal, com exames para detectar precocemente o
diabetes gestacional
[https://www.DE.com/saude/diabetes-gestacional-representa-riscos-para-mae-e-bebe-veja-cuidados],
entre outros distúrbios, é fundamental.

ATÉ OS 6 MESES

Esse período é marcado pelo ganho de peso e crescimento rápido do bebê. É tempo
de incentivar o aleitamento materno, fortalecendo a rede de apoio à mãe. Também
vale estabelecer uma rotina de sono da criança e, por meio de brincadeiras,
estimular o desenvolvimento das habilidades motoras.

DOS 6 AOS 12 MESES

O bebê já se senta sem apoio e a tendência é começar a engatinhar. É a fase de
introdução alimentar, que deve priorizar a variedade no cardápio, com grande
espaço para vegetais e outros itens nutritivos.
Por volta dos 9 meses, o bebê consegue fazer movimentos de pinça com os dedos, o
que facilita a manipulação de alimentos.

DO 1º AO 3º ANO DE VIDA

A criança começa a falar, andar e aprende a segurar os talheres. Nessa etapa,
recomendam-se brincadeiras em ambientes seguros, que permitam correr e escalar.

Outra sugestão é envolver a criança, junto de toda a família, no planejamento e
preparo das refeições.

DO 3º AO 5º ANO DE VIDA (PRÉ-ESCOLAR)

Nessa etapa, o equilíbrio e a coordenação estão bem aprimorados, há uma melhor
compreensão dos sinais de saciedade e fome. Deve-se estimular a prática de
atividades físicas, como esportes ou dança. E continuar com o incentivo de bons
hábitos alimentares, orientando sobre as melhores escolhas.

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