Aprovação de Trump cai para 36%, pior índice de um presidente em 6 meses

A aprovação do presidente norte-americano Donald Trump caiu de 42% para 36%, na marca dos 100 dias de gestão em abril, ao completar seis meses de governo. A pesquisa, realizada pelo jornal The Washington Post e Rede de TVABC, mostra que a popularidade dele é a pior registrada nos últimos 70 anos no país na comparação com os seus antecessores.

O índice de desaprovação ou rejeição subiu cinco pontos percentuais desde a sondagem de abril. Agora, 58% dos norte-americanos disseram reprovar o governo Trump e 48% afirmaram “desaprovar fortemente” a gestão do atual presidente.

Presidente tenta desqualificar resultados
A pesquisa foi divulgada ontem (16). Depois de conhecer os números, Trump desqualificou o resultado ao chamá-lo de “impreciso em torno de um curto tempo desde a eleição”. Na opinião dele, quase “40% de aprovação” não significam “um resultado tão ruim”.

A pesquisa também comparou a aprovação de Trump durante a campanha, quando era de 43% no começo e 46,4% na reta final. A margem de erro do levantamento é de 2,5% para mais ou para menos. Analistas acreditam que as denúncias de ingerência russa nas eleições representam o principal fator de desgaste de Trump junto à opinião pública.

A aprovação caiu mais na última semana, depois da revelação do contato entre o filho mais velho do presidente, Donald Trump Jr., e uma advogada russa, em um encontro que teria ocorrido para buscar informações que pudessem prejudicar a candidatura de Hillary Clinton.

A pesquisa Washington Post/ABC também mediu o impacto da revelação sobre Trump Jr. junto ao eleitorado. Cerca de 26% dos eleitores não viram problema no encontro, enquanto 63% disseram que a reunião foi inapropriada.

Na visão dos entrevistados, também é mais importante que o governo implante um plano de saúde para os mais necessitados e que realize cortes nos impostos. O estudo indicou que 63% afirmaram que o governo federal deve prover um plano de saúde para americanos de baixa renda, como o extinto Obamacare. Para 27% dos entrevistados, o mais importante é a redução de impostos.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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