O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), assumiu o cargo com o objetivo de fortalecer as comissões permanentes. No entanto, após nove meses de gestão, tem havido uma centralização de temas importantes no plenário, o que tem sido criticado pelos parlamentares. Um levantamento da CNN revelou que, sob Motta, a Câmara aprovou 147 requerimentos de urgência entre fevereiro e outubro, acelerando a tramitação de projetos ao levar as discussões diretamente para o plenário e contornando os colegiados.
A proposta inicial de Motta era reverter a situação estabelecida na gestão anterior de Arthur Lira (PP-AL), que priorizou as discussões cruciais no plenário. No entanto, ainda sob Lira, no ano anterior, entre fevereiro e outubro, a Casa aprovou 137 requerimentos. Ano a ano, os números de requerimentos de urgência aprovados têm aumentado, com 138 em 2023, 90 em 2022 e 132 em 2021 durante a gestão de Lira.
Recentemente, Motta foi questionado no plenário devido ao grande número de requerimentos de urgência inseridos na pauta. Ele justificou que há matérias urgentes, como as relacionadas à segurança pública. O regimento da Câmara estabelece que as comissões permanentes devem debater e votar as propostas sujeitas à deliberação do plenário. A aprovação de urgências, embora acelere o processo, reduz as oportunidades de debate sobre os assuntos.




