Aprovados no concurso para agente prisional são convocados em Goiás

A lei que convoca os aprovados em concurso público para o cargo de agente prisional foi publicada, nesta segunda-feira (17), em Goiás. O certame, realizado em 2014, chamou cerca de 600 servidores, segundo a Associação dos Agentes Prisionais. Os órgãos de segurança pública e administração penitenciária do Estado ainda não informaram a quantidade de profissionais convocados.

Para o presidente da associação, Jorimar Bastos, o número de chamados não é suficiente para suprir a demanda e resolver os problemas estruturais na área. Em entrevista ao G1, Bastos afirmou que serão necessários dois mil servidores para que o trabalho aconteça de forma efetiva, uma vez que os 600 convocados só devem manter o caos que o Sistema Prisional se encontra atualmente.

Em abril, foram nomeados 452 servidores, com 305 dessas vagas preenchidas de imediato e 1230 no cadastro reserva. Os profissionais foram encaminhados para as cidades de Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Formosa, Itaberaí, Luziânia, Palmeiras de Goiás e Rio Verde.

As provas, realizadas em 2015, ofertavam o salário de R$ 2,8 mil. No entanto, após a primeira nomeação em abril de 2017, os convocados se depararam com uma lei, aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em 2016, que reduziu o valor para R$ 1,5 mil.

*Com informações do G1 Goiás

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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