Aras não quer investigar presidente do Ibama por motivos pessoais

Aras não quer investigar presidente do Ibama por motivos pessoais

No despacho em que foi determinada a abertura da investigação a partir da notícia-crime do delegado Alexandre Saraiva, a ministra Cármen Lúcia apontou para a omissão da Procuradoria Geral da República em relação às acusações contra Eduardo Bim, presidente do Ibama afastado.

“É de se anotar que, conquanto conste expressamente da notitia criminis fatos imputados a Eduardo Bin, quanto a ele nenhum requerimento foi apresentado pelo Ministério Público, tendo o parecer se omitido nesse ponto”, disse a ministra no despacho. Ela ainda cobrou uma manifestação urgente do PGR sobre sua “condição processual”.

Lembrando que o vice-PGR, Humberto Jacques de Medeiros, braço-direito de Aras, só pediu medidas contra Salles, poupando Bim, que também é investigado pela Operação Akuanduba e até foi afastado do cargo por determinação de Alexandre de Moraes.

De acordo com informações do O Antagonista, Eduardo Bim tem como assessor o engenheiro civil Durval Olivieri, que é um dos fundadores da OAS e ex-marido da subprocuradora Maria das Mercês de Castro Gordilho Aras, esposa do PGR. O relacionamento de Durval e Maria das Mercês gerou três filhas.

Ao Antagonista, Durval disse que sua função é de “pesquisa sobre assuntos que o presidente determina” e que “em alguns momentos” assessora a Presidência da República sobre temas do setor e os próprios diretores do Ibama.

Ele também garantiu que foi consultado ou deu qualquer parecer sobre a mudança da Instrução Normativa 15/2011, pivô da Akuanduba, ou sobre a tentativa de liberação das madeiras apreendidas na Operação  Handroanthus, denúncias feitas por Saraiva. Durval ainda declarou que foi selecionado pelo currículo.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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