“Arena O Canto da Cidade: Nova fase para o cenário cultural de Salvador”

A Arena do Festival Virada Salvador, localizada no bairro da Boca do Rio, passou por uma mudança de nome significativa. Após a retirada do nome de Daniela Mercury do espaço de eventos onde acontece o festival [https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2024/10/24/arena-daniela-mercury.ghtml], a prefeitura decidiu que o local agora se chama “Arena O Canto da Cidade”. A alteração veio como resposta a uma proposta feita pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), em conformidade com uma lei que proíbe a atribuição de nomes de pessoas vivas a logradouros, obras, serviços e monumentos públicos.

Essa mudança acarretou em um novo capítulo para o cenário cultural de Salvador. A canção “O Canto da Cidade”, um dos maiores sucessos da artista Daniela Mercury, foi escolhida como inspiração para o novo nome do espaço, podendo já ser visto nas redes sociais do evento. A proposta do MP-BA foi feita em dezembro de 2023, após uma denúncia anônima que apontava a veiculação do nome Arena Daniela Mercury em peças publicitárias, violando a legislação vigente que proíbe tais atribuições.

Por meio de uma declaração fornecida pela assessoria de Daniela Mercury, a cantora expressou seu orgulho em inspirar a cidade e o país, sendo uma referência no cenário artístico. O lançamento de um novo álbum, marcando os 40 anos do Axé Music, foi anunciado como uma forma de celebrar esta nova fase e reforçar a importância da arte na cultura baiana e brasileira como um todo.

A homenagem à Daniela Mercury continua reverberando no cenário musical e cultural brasileiro. O álbum “O Canto da Cidade”, lançado em 1992, é lembrado como um marco na música popular brasileira, trazendo consigo um legado de resistência e identidade cultural. A confirmação da mudança de nome para “Arena O Canto da Cidade” reforça o compromisso das entidades públicas com a preservação desse patrimônio artístico em Salvador e na Bahia.

Entretanto, a polêmica em torno do cancelamento do projeto Pôr do Som, tradicionalmente realizado por Daniela Mercury, ainda paira no ar. A prefeitura de Salvador sugeriu mudanças na data e local do evento, o que gerou incertezas quanto à sua realização. A equipe da cantora se pronunciou, afirmando que, embora um show possa acontecer na nova “Orla Boca do Rio”, não se tratará do tradicional Pôr do Som, buscando alternativas para viabilizar a apresentação.

A novela envolvendo a mudança de nome da Arena do Festival Virada Salvador e a possível readequação do projeto Pôr do Som são aspectos vitais do cenário cultural baiano e nacional. O reconhecimento da arte e da música como elementos fundamentais da identidade cultural da região ganha destaque, promovendo reflexões sobre a preservação do patrimônio colocado em pauta por essas discussões. O legado de Daniela Mercury e a sua contribuição para a cena musical brasileira continuam evidenciando a importância da arte como expressão da diversidade e da história cultural de um povo.

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Grupo Empresarial Suspeito de Sonegar R$25mi em ICMS é Alvo de Operação na Bahia

Grupo empresarial é alvo de operação do MP por suspeita de sonegação de R$ 25 milhões em impostos na Bahia

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Bahia, São Paulo e Pernambuco.

Operação matéria Jade — Foto: Ascoms MP, SSP (PC) e Sefaz

Um grupo empresarial do setor da indústria e distribuição de bebidas foi alvo de uma operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), nesta quinta-feira (5), por suspeita de sonegação de R$ 25 milhões em Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no estado. A Operação ‘Okanê’ foi deflagrada pela manhã e investiga a prática de fraude tributária pelos empresários.

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Bahia (5), São Paulo (5) e Pernambuco (1). Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio dos bens de 18 pessoas físicas e jurídicas envolvidas, a fim de garantir a recuperação dos valores sonegados.

Operação matéria Jade — Foto: Ascoms MP, SSP (PC) e Sefaz

A Força-Tarefa que investiga as fraudes é formada pelo Grupo Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MPBA, Inspetoria Fazendária de Inteligência e Pesquisa (Infip), da Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz), e pelo Draco, da Polícia Civil da Bahia.

As investigações começaram a partir de noticias crime reportadas ao Ministério Público (MP) e a Polícia Civil, por meio da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip). Foram 6 notícias crimes, envolvendo, inicialmente, cinco empresas, quatro delas sediadas no estado da Bahia e uma em São Paulo.

Operação matéria Jade — Foto: Ascoms MP, SSP (PC) e Sefaz

De acordo com a investigação, a fraude se dava através da omissão de saídas de mercadorias tributadas. Na prática, era declarado o débito de ICMS e não se repassava o imposto.

O MP identificou que o grupo, além de sonegar o ICMS, também ocultava bens e valores, através da inclusão de familiares e “laranjas” nos quadros societários. A investigação identificou ainda indícios de lavagem de dinheiro.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares pessoais, computadores e documentos.

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