Argentina aciona alerta máximo na fronteira com o Brasil após a megaoperação no Rio de Janeiro, declarando CV e PCC como organizações narcoterroristas

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A Argentina aciona alerta máximo na fronteira com o Brasil e declara CV e PCC como organizações narcoterroristas

Brasileiros que viajarem para o país serão examinados exaustivamente, segundo a ministra da Segurança Pública. A medida foi adotada por causa da megaoperação no Rio de Janeiro.

A Argentina declarou alerta máximo nas fronteiras com o Brasil nesta quarta-feira (29), após a megaoperação no Rio de Janeiro. Além disso, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) foram classificados como organizações narcoterroristas.

A operação no Rio foi desencadeada na terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, e mirou alvos do CV. Ao todo, 121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais. A operação foi a mais letal da história do estado.

Diante da megaoperação, o governo de Javier Milei anunciou que vai reforçar os controles de segurança em pontos da fronteira entre os dois países.

A ministra da Segurança Pública da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou que brasileiros que entrarem no país serão examinados “minuciosamente”, mesmo que não tenham antecedentes criminais.

“Esse alerta máximo significa observar com muita atenção todos os brasileiros que venham à Argentina, verificando se têm ou não antecedentes, mas sem confundir turistas com integrantes do Comando Vermelho”, disse.

Ainda na terça-feira, em entrevista ao La Nación, a ministra afirmou que a Argentina reconheceu o PCC e o CV como organizações narcoterroristas, por possuírem uma estrutura de poder armado.

A ação de terça-feira no Rio de Janeiro foi mais uma etapa da Operação Contenção, iniciativa permanente do governo do estado para combater o avanço do Comando Vermelho por territórios fluminenses.

Pelo menos 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro foram mobilizados para cumprir 100 mandados de prisão.

Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada desta terça-feira, traficantes reagiram com tiros e ergueram barricadas em chamas. Um vídeo mostra quase 200 disparos em um minuto, em meio a colunas de fumaça.

Em balanço divulgado na terça-feira, o governo do Rio de Janeiro havia informado que 64 pessoas haviam sido mortas, sendo que quatro eram policiais civis e militares. Já na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) só confirmou oficialmente 58 mortos, sendo que eram 54 criminosos. Ele não esclareceu por que o número do balanço de ontem foi alterado.

O G1 apurou ainda que os corpos, todos de homens, estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.

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