O presidente argentino, Javier Milei, afirmou que o Brasil e o Mercosul escaparam de uma imposição de imposto de importação de 35% nos Estados Unidos devido às relações favoráveis entre ele e Donald Trump. A declaração foi feita pelo próprio Milei durante uma entrevista realizada na segunda-feira (14), que durou mais de quatro horas. Segundo ele, a tarifa de importação anunciada por Trump para a Argentina foi de 35%, mas acabou sendo reduzida para 10%, a fim de evitar desvio de comércio para os EUA.

Durante a entrevista, o presidente argentino explicou que a Argentina e o Brasil foram contemplados com uma taxa de importação de 10% como parte de um acordo para evitar que o Mercosul recebesse a taxa original de 35% proposta por Trump. Milei ressaltou que a decisão de conceder uma taxa mais baixa à Argentina foi estratégica para evitar um desvio de comércio que prejudicaria o bloco econômico como um todo.

Alejandro Fantino, apresentador da entrevista, questionou por que a Argentina e o Mercosul receberam uma taxa de importação de apenas 10%, ao passo que o Brasil deveria ter recebido os 35% originais propostos por Trump. Milei respondeu que a decisão foi tomada levando em consideração o peso econômico do Mercosul na América do Sul, o que resultou na aplicação da taxa de 10% para todos os integrantes do bloco, incluindo o Brasil.

Diante da explicação do presidente argentino, Fantino concluiu que o Brasil deveria agradecer pela tarifa reduzida e pela atuação estratégica de Milei nas negociações com Trump. Milei concordou de forma sarcástica, utilizando a expressão “ponele” para consentir com o ponto de vista do apresentador. A discussão sobre as tarifas de importação entre os Estados Unidos e os países do Mercosul evidenciou as complexidades das relações comerciais entre os países.

É importante ressaltar que a postura de Milei na negociação das tarifas de importação demonstra a influência e capacidade de diálogo do presidente argentino em questões comerciais internacionais. A abordagem estratégica adotada por ele resultou em benefícios para a Argentina e demais países do Mercosul, garantindo condições favoráveis no comércio exterior. A relação entre os Estados Unidos e os países sul-americanos continua sendo um ponto de interesse e discussão na arena política e econômica global.