Argentina’s Soccer Crisis: Milei Nearly Doubles Players’ Pension Contribution

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Crise no futebol da Argentina: Milei quase dobra a taxa de contribuição previdenciária de jogadores

O governo do país aumentou a taxa de contribuição previdenciária dos clubes e da federação de futebol da Argentina de 7,5% para 13,06%, com um adicional de 5,56% nos próximos 12 meses. Essa decisão gerou mais um episódio de crise entre o presidente Javier Milei, os clubes argentinos e a AFA. As contribuições previdenciárias sobre as receitas dos clubes atingirão uma alíquota de 18,62% no próximo ano.

Esse aumento das contribuições previdenciárias afeta diversas fontes de receita dos clubes, como transferências de jogadores, bilheteria, patrocínios e direitos de transmissão de TV. O ministro da Desregulamentação, Federico Sturzenegger, apontou que em 2024 as vendas de jogadores argentinos geraram uma receita de 324 milhões de dólares, porém a atividade é subsidiada pelos aposentados quando se trata de pagar contribuições previdenciárias.

A subsecretaria de Previdência Social do Ministério de Capital Humano detectou um déficit de 20 bilhões de pesos em um ano devido ao regime vigente no futebol, o que representa um impacto de R$ 86,9 milhões. Segundo Sturzenegger, o valor arrecadado atualmente só cobre 33% das obrigações, o que justifica o aumento da taxa de contribuição previdenciária.

Essa decisão afeta não apenas os clubes da primeira divisão, mas todos os clubes que participam das competições organizadas pela AFA e pela LFP, incluindo as divisões inferiores e femininas. Esse é mais um capítulo do conflito entre o governo de Milei e a AFA, que já envolveu a derrubada de benefícios fiscais, discussões sobre a legalização das SADs e ataques diretos do presidente aos dirigentes do futebol.

O aumento significativo da taxa de contribuição previdenciária no futebol argentino reflete a tensão política entre o governo e os clubes, com questões financeiras e fiscais em jogo. Os impactos dessa medida nas finanças dos clubes e no cenário esportivo do país ainda são incertos, mas evidenciam a instabilidade e os desafios enfrentados pelo futebol argentino sob a gestão de Milei. O futuro do esporte mais popular do país permanece incerto diante das mudanças e controvérsias que envolvem as políticas do governo em relação ao futebol.

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