Armas em escolas: relembre casos dramáticos em Goiás

O caso do adolescente flagrado com revólver em um colégio de Anápolis ontem, segunda (06), traz à tona uma série de casos parecidos em Goiás e levanta a discussão sobre armas de fogo. O garoto de 13 anos foi flagrado com o item na mochila após denúncias recebidas pela coordenação da escola, que acionou a Polícia Militar (PM).

De acordo com informações da assessoria da PM, o menino disse que desconhece o autor e procedência da arma. Um homem teria abordado o aluno em uma pamonharia próxima ao colégio, pedido a ele para guardar o revólver e devolver na saída da escola. A mãe afirmou aos policiais que também não sabia da arma nem conhece o suposto homem. O caso segue sob investigação.

Há sete meses, em maio deste ano, um massacre dentro de uma escola de Goiânia foi impedido pela polícia. Um garoto de 16 anos planejava usar a arma do pai, um militar do Exército, para atacar uma escola na capital.

O plano chegou ao conhecimento da polícia com auxílio da Homeland Security Investigations da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, através do Laboratório de Operações Cibernéticas.

Por meio de mensagens no celular, o menino divulgava afirmações e desenhos violentos, racistas, nazistas e xenofóbicos com uma rede de contatos em grupos e perfis nas mídias sociais que se autointitulam como schools shooters ou atiradores de escola, em português.

Tragédias

Armas em mãos de crianças, adolescente e de pessoas sem autorização legal põem todos em perigo. A tragédia mais emblemática no estado foi a do colégio Goyases, em 2017. À época, um adolescente de 14 anos atirou em seis colegas: dois deles morreram e quatro ficaram feridos.

As investigações apontaram que o revólver foi levado escondido dentro da mochila porque o menino havia premedito o crime. Ele sofria bullying e perseguição. A arma era da mãe do garoto, uma policial militar.

No município de Trindade, um acidente foi evitado dentro da escola em 2017. Um garoto de 15 anos levou para a escola uma arma e ao notar que seria flagrado, entregou o revólver e a munição a outros dois adolescentes, de 14 e de 16 anos. A intenção dele era enganar a direção do colégio. Com medo, os colegas esconderam o item na mochila de uma outra adolescente, de 17 anos.

O nervosismo e choro da menina chamaram atenção na sala de aula. Abordada por um professor, ela relatou a situação. Os três meninos foram encaminhados à uma delegacia e autuados pelo ato infracional análogo ao crime de porte ilegal de arma de fogo e munição e em seguida liberados.

Em 2019, mais um crime cometido por um estudante. Dessa vez, um menino de 17 anos matou um coordenador de escola de Valparaíso de Goiás com dois tiros após ataque de fúria. Ele teria sido repreendido pelo profissional que interveio em uma discussão entre o garoto e uma professora. Segundo declarou o delegado à época, a arma de fogo que o aluno portava era dele há um ano e estava escondida da família em casa dentro de um urso de pelúcia.

Novas regras

Recentemente, a Polícia Federal publicou novas regras para compra de armas de fogo no Brasil. A normativa em vigor desde agosto regulamentou a autorização do cidadão na compra de até quatro armas.

”A aquisição de arma de fogo de uso permitido por pessoa física no comércio especializado – diretamente na indústria ou por meio de importação – somente é permitida mediante prévia autorização expedida pela Polícia Federal, observado o limite de até quatro armas de fogo de uso permitido por proprietário”, diz trecho extraído do documento.

Atualmente, mais de 1  milhão de armas estão nas mãos de civis.  O número é 65% maior ao de dezembro de 2018, segundo levantamento dos Institutos Igarapé e Sou da Paz e do jornal O Globo obtidos via Lei de Acesso à Informação junto ao Exército e à Polícia Federal.

Para ter uma arma de fogo de uso permitido, a idade mínima estabelecida em lei é de 21 anos. Além disso, o interessado deve apresentar comprovantes de residência e de emprego, atestar capacidade técnica e psicológica para o manejo e uso da arma a ser adquirida e não ter antecedentes criminais.

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Goiás tem alerta de tempestade com ventos de até 80 Km/h e chuvas intensas

Nesta quinta-feira, 26, Goiás deve ser marcada por tempestades e ventos intensos, alertam os meteorologistas. As previsões indicam que as chuvas poderão ser acompanhadas de ventos que alcançarão velocidades de até 80 km/h, exigindo atenção redobrada da população. Segundo a o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), as chuvas devem atingir todas as região goianas.

Esses alertas são emitidos devido às instabilidades atmosféricas que favorecem a formação de pancadas de chuva, especialmente durante a tarde e à noite. É importante estar ciente da possibilidade de raios e rajadas de vento fortes, que podem causar danos significativos.

Tempestades

Cidades como Rio Verde, Jataí e Itumbiara, no sul goiano, devem registrar chuvas de 10mm a 15mm. As temperaturas devem permanecer entre 19ºC e 31ºC, com umidade entre 60% e 95%.

Já no leste goianos, as cidade de Catalão, Luziânia, Formosa e Cristalina devem registrar chuvas médicos de 12 a 20 mm. As temperaturas devem ficar entre 17ºC e 32ºC e a umidade relativa do ar permanecer até 95%.

No oeste goiano, as chuvas devem atingir os municípios de Iporá, Aruanã, Caiapônia e Doverlândia podem registrar até 22mm de chuva, com as temperaturas variando entre 19ºC e 33ºC.

Goiânia e Anápolis, no centro goiano, tem previsão para pancadas de chuva isoladas, com temperaturas entre 19ºC e 30C, e a umidade do ar podendo chegar em 95%.

Precauções necessárias

Os moradores devem tomar precauções para minimizar os riscos durante as tempestades. Recomenda-se evitar se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Também é indicado não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, que podem ser afetadas pela força dos ventos.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão preparados para atender às ocorrências e fornecer orientações necessárias. Para emergências, ligue para 199 (Defesa Civil) ou 193 (Corpo de Bombeiros) para obter apoio confiável.

As chuvas intensas têm o potencial de causar alagamentos, estragos em plantações e corte de energia elétrica. Portanto, é crucial que a população esteja atenta e siga as recomendações dos órgãos competentes para garantir a segurança de todos.

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