Arquivos secretos sobre assassinato de JFK serão liberados hoje

Presidente John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas.

Após 54 anos do assassinato do presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, os arquivos secretos relacionados às investigações do governo americano sobre o crime serão liberados hoje (26). O presidente Donald Trump autorizou a abertura dos arquivos, em cumprimento a uma lei aprovada pelo Congresso do país, em 26 de outubro de 1992. A lei JFK determinou que os documentos secretos sobre o assassinato de JFK se tornassem públicos 25 anos após a promulgação do texto.

A Casa Branca ainda não informou se Trump vai disponibilizar todos os arquivos – há cerca de cinco milhões de documentos arquivados. Já foram liberados 88%, mas 11%, cerca de 3 mil, permanecem classificados como secretos.

A imprensa americana especula que para alguns órgãos de inteligência governamentais como o FBI e a CIA, alguns documentos deveriam ser mantidos sob segredo de Estado. De acordo com a imprensa, Trump estaria enfrentando pressões para bloquear parte destes documentos, porque alguns contém dados de agentes que ainda estão em atividade.

Na quarta-feira (25) Trump escreveu no Twitter que hoje (quinta-feira) seria o dia da liberação dos arquivos confidenciais. Em um post anterior, ele foi cauteloso. “Sob reserva do recebimento de informações adicionais, vou autorizar, como presidente, que sejam abertos os arquivos classificados e há muito tempo bloqueados de JFK”, escreveu.

A lei aprovada pelo Congresso americano em outubro de 1992 garantiu o direito público à informação presente nos arquivos secretos que reúnem os registros das investigações dos serviços de inteligência como a CIA e o FBI e do Departamento de Justiça.

O jovem presidente John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas. O atirador Lee Harvey Oswald foi apontado como o único responsável pelo crime, mas várias teorias da conspiração afirmam que ele não teria sido o único responsável.

Em 1991, o filme JFK, de Oliver Stone, alimentou essas teorias e acendeu um debate público sobre as circunstâncias do assassinato de JFK. A lei aprovada em 1992 teve como objetivo frear o debate conspiratório.

Segundo o relatório que justificou a lei, o filme de Oliver Stone “popularizou uma versão do assassinato do presidente Kennedy que apontava agentes do FBI e da CIA como conspiradores”.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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