Arroz transgênico pode neutralizar vírus HIV

Especialistas da Universidade de Lleida-Centro Agrotecnio e do Instituto de pesquisa em AIDS  IrsiCaixa, ambos localizados na Espanha, obtiveram três proteínas, de uma única variedade de arroz geneticamente modificado, capazes de neutralizar a entrada do vírus HIV em células humanas em experimentos in vitro. Os resultados foram publicados no Proceedings of National Academy of Sciences.

De acordo com Paul Christou, pesquisador ICREA na Universidade de Lleida e líder do estudo, a produção dessa variedade de arroz pode ser realizada a um custo baixo, o que beneficiaria os países que mais sofrem com o vírus. Ele acrescenta ainda que o processo é totalmente seguro, não oferecendo riscos à saúde humana.

“Esta estratégia inovadora é realisticamente a única maneira que os coquetéis  microbicidas podem ser produzidos a um custo baixo o suficiente para os países mais tratamentos necessidade de prevenção do HIV. Além disso, fornece provas da segurança e utilidade das plantas transgênicas para tratar de um dos problemas de saúde globais mais importantes da atualidade”, explica.

Para Julià Blanco, outra autora do estudo, a descoberta, além de barata, pode se transformar em um excelente método de proteção, principalmente para as mulheres. Segundo dados do Unaids, as mulheres jovens têm duas vezes mais chances de serem infectadas do que os homens de sua idade.

“A produção de arroz não só reduziria os custos em comparação com as plataformas tradicionais, mas também traria benefícios em termos de poder microbicida. Em alguns casos, os microbicidas podem ser a única opção para as mulheres a prevenir a infecção pelo HIV, como homens muitas vezes são relutantes em usar preservativos”, comenta.

A pesquisa ainda indicou que as sementes de cereais seriam a plataforma de produção mais adequada para os países com poucos recursos, uma vez que as infraestruturas  agrícolas já estão disponíveis e as sementes podem ser armazenadas a temperatura ambiente a longo prazo.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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