Grupo que atacava bancos descoberto com arsenal de armas de guerra: quem eram
suspeitos mortos em confronto no Paraná, segundo polícia
Todos os quatro identificados pela polícia tinham antecedentes criminais por
roubo agravado. Investigações apontam que quadrilha estava preparando roubo a
banco ou carro-forte.
1 de 4 Marco Sousa dos Anjos foi um dos mortos durante a descoberta do arsenal
com armas de guerra no Paraná — Foto: Polícia Civil e Reprodução/CNJ
Marco Sousa dos Anjos foi um dos mortos durante a descoberta do arsenal com
armas de guerra no Paraná — Foto: Polícia Civil e Reprodução/CNJ
A Polícia Civil identificou pelo menos quatro dos seis suspeitos que, segundo a
corporação, foram mortos em confronto na sexta-feira (17) durante a
descoberta
de um arsenal com armas de guerra
em uma chácara em Ponta Grossa
nos Campos Gerais do Paraná.
As investigações apontam que o grupo era especializado em crimes violentos
contra o patrimônio e estava se preparando para executar um roubo de grande
impacto a banco ou carro-forte. Saiba mais abaixo.
De acordo com informações apuradas pela RPC, dos quatro identificados, um
possuía passagens anteriores pela polícia por esse tipo de crime e todos tinham
antecendets criminais por roubo agravado. Veja quem eram eles:
– Marco Sousa dos Anjos, 47 anos, natural de Foz do Iguaçu (PR): antecedentes
criminais no Paraná e São Paulo por roubo a banco e carro forte, falsidade
ideológica, uso de documento falso e outros roubos no Paraná e São Paulo;
– José Marcelo de Oliveira, 39 anos, natural de Curitiba (PR): antecedentes
criminais no Paraná por roubo agravado, posse/porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito, tráfico de drogas, uso de documento falso, destruição e dano de
florestas de preservação e uso de documento falso;
– Fred Guilherme dos Santos, 38 anos, natural de Governador Valadares (MG):
antecedentes criminais no Paraná e Santa Catarina por roubo agravado e com
violência, tráfico de drogas, posse/porte ilegal de arma de fogo, receptação,
uso de documento falso e dirigir embriagado;
– Wesley Henrique Gomes Borges, 31 anos, natural de Curitiba (PR): antecedentes
criminais no Paraná por roubo agravado, furto qualificado, porte ilegal de
arma de fogo de uso permitido e furto qualificado.
No Serviço Funerário de Curitiba, a profissão de Marco consta como auxiliar de
serviços gerais, e a de Fred como designer. No de Ponta Grossa, José Marcelo é
citado como soldador e Wesley como pintor.
Até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre a identificação
dos outros dois suspeitos que também estavam e morreram no local.
MAIS SOBRE O CASO:
– Arsenal com armas de guerra de grupo que atacava bancos é encontrado no
Paraná; seis suspeitos foram mortos em confronto, diz polícia
– Carro que simulava viatura é apreendido em chácara onde grupo que tinha
arsenal de guerra foi morto pela polícia, no Paraná
ARSENAL COM ARMAS DE GUERRA ENCONTRADO NO PARANÁ
Um arsenal com armas de guerra do grupo criminoso foi encontrado na manhã de
sexta-feira (17) em uma chácara entre Ponta Grossa e Palmeira, nos Campos
Gerais do Paraná.
Em nota conjunta, as Polícias Civil e Militar informaram que, ao chegarem ao
local, foram recebidos com tiros. As corporações também afirmam que seis
suspeitos foram encontrados na chácara e todos foram mortos em confronto – que
durou cerca de oito minutos, de acordo com os policiais. Nenhum agente de
segurança ficou ferido.
Em coletiva de imprensa conjunta, representantes das Polícia Civil e Militar
afirmaram que a quadrilha foi identificada pelo setor de inteligência da PM.
Eles disseram que o grupo era especializado em crimes violentos contra o
patrimônio e revelaram, também, que eles estavam se preparando para executar um
roubo de grande impacto a banco ou carro-forte. O alvo exato e a cidade não
foram relevados.
Segundo os policiais, os suspeitos cometiam crimes no estilo “novo cangaço”, que
é quando criminosos fortemente armados assaltam bancos e/ou carros-fortes com
grande emprego de violência. Normalmente as ações acontecem em cidades pequenas
e médias, que têm pouco efetivo policial, para evitar respostas rápidas das
forças de segurança.
De acordo com as corporações, na operação policial desta sexta-feira (17) foram
apreendidas diversas armas, inclusive fuzis comumente utilizados pelas Forças
Armadas, coletes à prova de balas que imitavam os da Polícia Civil, entre outros
itens. Veja abaixo:
– sete fuzis de calibres 5.56 e 7.62;
– uma metralhadora .50;
– uma pistola .45;
– 36 carregadores de fuzil e munições para fuzis e metralhadoras;
– coletes e placas balísticas;
– 20 kg de explosivos;
– placas veiculares;
– um veículo blindado e clonado.
A operação foi deflagrada em conjunto pelas equipes especiais do Tático
Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE), da Polícia Civil, e do
Comandos e Operações Especiais (COE), da Polícia Militar. Mais de 50 policiais
participaram da ação.
“As inteligências das polícias identificaram, em dezembro do ano passado, que
um grupo criminoso estava organizando um violento roubo de grandes proporções
no Estado. Após a descoberta, as instituições iniciaram um trabalho integrado
para monitorar e localizar os suspeitos. Com o avanço das investigações, foi
identificado o esconderijo do grupo”, afirmaram as corporações, em nota
conjunta.
Agora, um novo inquérito policial será aberto para descobrir se a quadrilha era
formada por mais integrantes ou não, disseram os policiais na coletiva de
imprensa.
Operação termina com seis mortos e arsenal de guerra apreendido em Ponta Grossa
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