Artesão desaparece na Baía de Todos-os-Santos após tentar tirar selfie e cair do ferry-boat
Equipes da Capitania dos Portos buscam por Luiz de Andrade, de 73 anos, desde sexta-feira (27).
Artesão desaparece na Baía de Todos-os-Santos após tentar tirar selfie e cair do ferry-boat
O artesão Luiz Bernadino de Andrade, de 73 anos, está desaparecido desde sexta-feira (27) após tentar fazer uma selfie e cair do ferry-boat na Baía de Todos-os-Santos. Equipes da Capitania dos Portos fazem buscas entre Salvador e a Ilha de Itaparica para encontrá-lo.
A Baía de Todos-os-Santos é a maior do Brasil e segunda maior do mundo, com 1.180 km de praias e uma área de 1.233 quilômetros quadrados, que equivale a quase o dobro do tamanho de Salvador. Ela é composta por 56 ilhas e engloba 16 municípios, incluindo a capital baiana.
Segundo informações da família, Luiz de Andrade mora em Salvador e estava a caminho da Ilha de Itaparica, onde visitaria a irmã.
“Ele sempre ia para lá, estava indo fazer uma surpresa para a irmã e aconteceu esse acidente”, contou Ramon Andrade, filho do artesão.
Minutos antes de cair no mar, o idoso mandou um áudio para um amigo através de um aplicativo de mensagens.
“Oi, Pi! Bom dia! Tudo bem? Estou chegando na ilha já. Estou no ferry-boat, daqui a uns 15 ou 20 minutos eu salto lá no [terminal de] Bom Despacho. Valeu, não quis vir. Está um tempo legal”.
“Tá, um abraço. Boa sorte para você aí. Fica com Deus. Amanhã a gente se fala”, disse no áudio.
De acordo com Ramon Andrade, uma testemunha relatou que o pai dele colocou uma mochila no chão e se inclinou para tirar foto. Neste momento, a embarcação teria balançado e Luiz se desequilibrou.
“Essa pessoa tentou passar a informação para o comandante, mas demorou um pouco de chegar devido a pessoas curiosas em cima vendo. quando a embarcação parou, já estava um pouco distante do lugar que o corpo do meu pai caiu”, disse.
Em nota, a Internacional Travessias, responsável pela administração do ferry-boat, informou que funcionários pararam a embarcação e fizeram buscas por cerca de 1h30. O trabalho foi continuado pela Capitania dos Portos.
“A gente soube que as buscas continuam. Existe a esperança de encontrar meu pai. É difícil falar no momento desse, mas as buscas continuam e estamos tentando buscar acesso as imagens das câmeras, porque o ferry-boat só pode disponibilizar com um ofício da Justiça”.
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