Arthur Cabral brilha no Benfica sob comando de ex-treinador do Botafogo

Arthur Cabral busca manter seu bom momento no Benfica sob o comando do ex-treinador do Botafogo. Autor de dois gols na recente goleada sobre o Estrela Amadora, o brasileiro recebeu elogios de Bruno Lage antes do importante duelo com o Monaco pela Champions League. A performance de Arthur Cabral no último sábado foi fundamental para o Benfica garantir a classificação para a próxima fase da Taça de Portugal. Agora, com o reconhecimento do treinador do clube, ele busca conquistar um espaço no time titular no confronto contra o Monaco, marcado para às 17h desta quarta-feira.

Os gols marcados por Arthur Cabral no jogo de sábado foram seus primeiros desde setembro, quando balançou as redes na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista. O atacante está determinado a ter mais oportunidades e mostrar seu valor no Benfica, especialmente após o desempenho brilhante no último jogo. Para o confronto com o Monaco pela Champions League, Cabral espera conseguir se destacar e contribuir para a equipe.

Na preparação para a partida contra o Monaco, o Benfica contará com Pavlidis e Di María no ataque, mas Arthur Cabral está determinado a conquistar seu espaço e brilhar na competição europeia. O jogador expressou sua satisfação por voltar a marcar e agradeceu todo o apoio recebido dos colegas, comissão técnica e torcedores do clube.

A chegada de Paulo André ao Benfica foi anunciada recentemente, reforçando o elenco do clube. Arthur Cabral tem recebido o apoio e os elogios do treinador Bruno Lage, que destacou o trabalho do atacante e sua importância para a equipe. O brasileiro tem mostrado evolução em seu desempenho, resultado do trabalho individual com especialistas e do seu comprometimento em campo.

Apesar de ter sido alvo de vaias por parte dos torcedores do Benfica em alguns momentos, Arthur Cabral conseguiu se recuperar com boas atuações e dedicação nos treinos. O jogador, contratado pelo clube em 2023 por um valor significativo, demonstrou sua versatilidade e melhora em diversos aspectos do seu jogo. Com três gols e uma assistência em 13 jogos na temporada atual, o brasileiro está determinado a continuar contribuindo para o sucesso do Benfica e consolidar seu espaço na equipe.

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Palmeiras x Botafogo: Caos, Acaso e Emoções em Jogo Decisivo

O caos, o acaso e a vida em Palmeiras x Botafogo

Jogo, liderança e talvez o título são decididos em sucessão de episódios
caóticos que explicam por que o futebol se aproxima da vida

Palmeiras 1 x 3 Botafogo | Melhores Momentos | 36ª Rodada | Brasileirão 2024

José Miguel Wisnik, no livro “Veneno Remédio”, defende que o futebol se
diferencia por ter um “tempo mais distendido, alargado e contínuo” do que os
demais esportes, permitindo “uma margem narrativa que admite o épico, o
dramático, o trágico, o lírico, o cômico, o paródico”.

Sergio Rodrigues, no romance “O Drible”, cria uma cena inesquecível em que o pai
mostra para o filho uma série de lances, um pior do que o outro, do jogo entre
Brasil e França na Copa do Mundo de 1958. É uma das maiores partidas da
história, mas o pai prefere exibir aquilo que ela teve de ordinário. Quando o
filho pergunta por quê, ele responde: “Não é o pior pedaço. É a vida. O jogo
normal. Futebol é assim: o caos”.

O tempo distendido, sem interrupções contínuas, aproxima o futebol da vida – o
mesmo que faz essa constante dança entre tédio e espanto, esse permanente
ziguezague entre a beleza e a dor. É o caos: a sucessão de pequenas decisões que
determinarão se sairemos de casa em uma manhã qualquer para descobrirmos nosso
grande amor ou para sermos atingidos por um ar-condicionado que despenca do
vigésimo andar. “Football is life”, ensina outro pensador, o adorável Dani Rojas
da série Ted Lasso.

Fiquei pensando nisso tudo ao ver Palmeiras x Botafogo, o jogaço valendo a
liderança (e talvez o título) do Campeonato Brasileiro. O Botafogo tem um ótimo
time, jogou o futebol mais bonito do país no ano e merece ser campeão, da mesma
forma que o Palmeiras, com toda sua competência, organização e resiliência. E
quando eles se encontraram, o jogo foi decidido por uma sucessão de acasos – o
caos, a vida.

O Botafogo abriu o placar em um escanteio marcado de forma equivocada pela
arbitragem. Na cobrança, Gregore ocupou um espaço na área por pensar que se
tratava de uma jogada ensaiada, mas na verdade era outra, e ele não deveria
estar lá. Mas estava, e foi nele que a bola foi parar, e foi ele que completou
para o gol.

Veio o segundo tempo, o Palmeiras tentava reagir, o Botafogo conseguia manter o
jogo sob relativo controle, e aí Marcos Rocha resolveu dar um tapa em Igor
Jesus. Foi expulso. Instantes depois, explorando justamente o vazio daquele
espaço que o lateral ocupa em campo, antes que Abel Ferreira pudesse colocar
alguém por lá, o Botafogo fez o segundo gol, com Savarino. E ainda faria o
terceiro, com Adryelson, que só estava em campo porque Bastos se lesionou.

E se não fosse aquele escanteio? E se Gregore não tivesse entendido errado a
jogada ensaiada? E se Marcos Rocha não tivesse sido expulso? E se Bastos não
tivesse se lesionado? Que espetáculo de esporte.

O caos seguirá presente na próxima rodada, a penúltima, que pode terminar com o
Botafogo campeão (não será surpresa) ou com o Palmeiras novamente líder (não
será surpresa). O clube carioca terá jogo duríssimo, fora de casa, contra o
Inter, o melhor time do returno – e que ainda tem esperança de título. O clube
paulista não terá vida muito mais fácil: encara o Cruzeiro no Mineirão.

Antes disso, o Botafogo viverá a final da Libertadores, sábado, contra o
Atlético-MG, em mais um jogo para a eternidade – e que sempre poderá ser
decidido por uma deliciosa sucessão de acasos, por esse caos que aproxima o
futebol da vida.

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