Arthur Lira declara que votará pacote, mas pode faltar votos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou que as medidas do pacote de contenção de gastos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão colocadas em votação nesta quinta-feira (19) pelos deputados. Lira expressou sua intenção de apoiar o pacote, mas alertou que pode haver falta de votos para a aprovação.
Há uma preocupação entre líderes partidários sobre a viabilidade da votação, considerando que alguns parlamentares estão ausentes devido a compromissos previamente agendados. Para contornar essa questão, Arthur Lira decidiu liberar o registro biométrico presencial em plenário, permitindo que deputados que estavam viajando possam votar remotamente.
A expectativa é de que o pacote de contenção de gastos, proposto pelo governo, seja aprovado pelo Congresso e contribua para fortalecer a economia do país. No entanto, a possibilidade de faltar votos para a aprovação levanta dúvidas sobre a eficácia desse processo. Arthur Lira, ao anunciar seu apoio à votação do pacote, ressaltou a importância de garantir a estabilidade econômica do país e a responsabilidade fiscal do governo.
O presidente da Câmara tem buscado alternativas para viabilizar a participação dos parlamentares na votação, reconhecendo os desafios logísticos e a agenda ocupada dos deputados. A liberação do registro biométrico presencial é uma das medidas adotadas por Lira para assegurar que todos os representantes tenham a oportunidade de participar do processo decisório, mesmo diante de eventualidades.
A decisão de permitir o voto remoto dos deputados que estavam ausentes reforça o compromisso de Arthur Lira com a democracia e a transparência no processo legislativo. Ao garantir a possibilidade de participação de todos os parlamentares, o presidente da Câmara busca assegurar a legitimidade e a representatividade das decisões tomadas pelo Congresso. Com a expectativa de votação do pacote de contenção de gastos na quinta-feira, o cenário político nacional permanece em destaque, com debates sobre medidas econômicas e os impactos para o país.

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Polícia Federal solta 11 investigados na Operação Overclean: detalhes do desvio milionário de emendas parlamentares

O Tribunal Regional Federal (TRF) determinou a soltura de 11 dos 16 presos na Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal na última semana. O grupo composto por empresários e servidores públicos é suspeito de desviar recursos milionários, fruto de emendas parlamentares, em licitações fraudadas. Conforme decisão judicial, devem ser soltos Alex Rezende Parente, Fábio Rezende Parente, Lucas Maciel Lobão Vieira, José Marcos de Moura, Francisco Manoel do Nascimento, Claudinei Quaresmin, Fabio Netto do Espírito Santo, Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, Clebson Cruz de Oliveira, Evandro Baldino do Nascimento e Diego Queiroz Rodrigues. Todos eles deverão usar tornozeleira eletrônica.

Onze dos 16 presos na Operação Overclean foram interrogados na segunda-feira, na sede da Polícia Federal, em Salvador. Até então, foram apreendidos R$ 3.403.521,90 em espécie, 23 carros de luxo, três barcos, três aeronaves, seis imóveis de alto padrão, 38 relógios e joias. A PF informou que não pode divulgar o conteúdo dos depoimentos dos suspeitos para não atrapalhar as investigações. A reportagem da TV Bahia apurou que eles permaneceram em silêncio durante os interrogatórios.

Uma semana antes da Operação Overclean, a Polícia Federal apreendeu R$ 1.538.700,00 com suspeitos de desvios milionários em recursos públicos. Os investigadores descobriram que o dinheiro tinha origem ilícita e destinava-se ao pagamento de propinas em Brasília. A organização criminosa usava um esquema estruturado para desviar recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.

Alex Rezende Parente é apontado como o líder da organização criminosa, responsável por coordenar as fraudes em licitações e negociar com servidores públicos. Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador do DNOCS na Bahia, também é apontado como membro do núcleo central, atuando nos bastidores a favor da empresa. A organização criminosa teria movimentado aproximadamente R$ 1,4 bilhão, desviando recursos de emendas parlamentares e contratos com órgãos públicos.

A Polícia Federal descobriu que a lavagem de dinheiro era sofisticada, envolvendo empresas de fachada, contas bancárias em nomes de terceiros e uso de laranjas para movimentar os recursos ilícitos. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 50 anos de reclusão, além das multas previstas na legislação.

Em nota, a defesa dos principais suspeitos informou que desejam esclarecer todos os fatos no curso da investigação e eventuais processos. A defesa da servidora Kaliane Lomanto nega sua participação na organização criminosa e aguarda acesso aos autos do processo para esclarecer os fatos. As prefeituras e empresas citadas na decisão estão dispostas a colaborar com as investigações e esclarecer eventuais dúvidas.

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