por Lívia Duarte
Qual a importância das bactérias? Muitas pessoas só acreditam que elas sejam causadoras de doenças. A verdade é que elas são fundamentais para diversos processos vitais, que vão desde a reciclagem da matéria orgânica, até a produção de alimentos, vacinas e antibióticos.
As bactérias multirresistentes, são um dos maiores desafios da ciência dos últimos tempos em todo o mundo. Um estudo do governo britânico estima que tais organismos serão responsáveis por mais de 10 milhões de mortes por ano após 2050.
Algumas bactérias nocivas já são conhecidas há muito tempo pelo homem, sendo estudadas desde o século XIX. O problema é que com o passar do tempo elas vêm se adaptando e se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos.
Confira quais são essas superbactérias:
1 – Streptococcus pyogenes
Essa bactéria causa mais de 700 milhões de infecções no mundo todos os anos, com taxa de mortalidade de 25% nos casos mais sérios. Uma vez que você tenha uma infecção dessa bactéria, ela pode desencadear uma série de outras doenças como uma dor de garganta, impetigo (infecção de pele) até mesmo escarlatina. Por sorte, a bactéria é sensível à penicilina e tratada com facilidade na maior parte dos casos. Porém, novas cepas estão ficando resistentes a outros tipos de antibióticos.
2 – Neisseria gonorrhoeae
A gonorreia, infecção sexualmente transmissível, causa vários problemas tanto em homens quanto mulheres. Este tipo de bactéria vem apresentando mutações ao longo de 50 anos, se adaptando, lentamente, à medida que antibióticos distintos foram sendo aplicados no combate à doença.
3 – Mycobacterium tuberculosis
A tuberculose, também conhecida como peste branca e escrófula é conhecida por causar mortes e destruição ao longo da história. Apesar de os casos terem diminuído consideravelmente ao longo da história, a sua resistência a antibióticos aumentou no início dos anos 90. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose também é a principal causa de óbitos relacionados à resistência bacteriana e a principal causa de morte entre pessoas com HIV.
4 – Acinetobacter baumannii
Esta superbactéria pode desencadear pneumonia, meningite e infecção urinária. A bactéria pode sobreviver a condições difíceis por longos períodos de tempo, por isso, é mais difícil combater em pacientes que estão mais fracos. A melhor forma de combatê-la é cuidando da higienização dos ambientes onde ocorrem cuidados com a saúde.
5 – Escherichia coli (E. coli)
Esta bactéria é inofensiva enquanto está no intestino humano. Contudo, pode causar sérios problemas quando em contato com outros órgãos, levando a infecções urinária e meningites. O alto nível de resistência dos antibióticos foram encontrados em cepas do E. coli, sendo um exemplo preocupante de bactéria que tem potencial de causar problemas se o uso de antibióticos não for feito de maneira correta do início ao fim do tratamento.
6 – Klebsiella pneumoniae
Esta bactéria é conhecida por causar uma série de infecções e ser bastante resistente a vários antibióticos. Afeta pessoas de meia idade e idosos com sistema imunológico mais fraco, é mais frequente em pacientes internados que precisam estar ligados a aparelhos para respirar, que tomam injeções diretamente na veia por muito tempo ou que fazem muitos tratamentos seguidos com antibióticos.
7 – Clostridium difficile
Clostridium difficile é uma das superbactérias mais presente em hospitais ao redor do mundo. Sua principal consequência é um tipo de diarréia muito forte que se espalha rapidamente e pode se levar a complicações no cólon.
8 – Pseudomonas aeruginosa
Por sua rápida mutação e adaptação a diferentes tratamentos a antibióticos, essa bactéria desenvolve resistência a esses medicamentos. É descrita como ‘oportunista’ por,primordialmente, afetar pessoas com a imunidade comprometida, como pacientes em tratamento de AIDS, câncer, transplante ou fibrose cística, causando sérias complicações ou até mesmo a morte.
9 – Burkholderia cepacia
Bactéria oportunista de sistema respiratório em pacientes hospitalizados, especialmente em pacientes com fibrose cística. Essa bactéria é difícil de ser tratada, por ser resistente a muitos antibióticos. Há evidências de que ela pode tornar-se “dormente” ou inativa dentro do corpo, mas depois voltar. Ou seja, mesmo após o tratamento e não aparecendo nos exames, ela pode retornar em algum momento. Se não for tratada, a B. cepacia pode causar piora na saúde pulmonar.
10 – Staphylococcus aureus (MRSA)
Mais conhecida como MRSA, a bactéria está presente naturalmente na pele, mas se invadir outras partes do corpo, pode causar diferentes infecções, como a meningite e pneumonia. A meticilina é um antibiótico geralmente eficaz no tratamento dessa bactéria, porém, já existem cepas resistentes a esse tipo e a quase todos os antibióticos betalactâmicos, essa classe de antibióticos inclui as penicilinas (oxacilina, meticilina) e as cefalosporinas.