Ciclovias de Niterói batem ‘concorrente’ paulista e são as mais movimentadas do Brasil; conheça outros modelos de micromobilidade
A Avenida Marquês do Paraná é a ciclovia mais utilizada do Brasil, segundo a empresa Eco-Counter, responsável pela contagem de ciclistas nas principais vias do país. Assim como a Av. Roberto Silveira, as pistas de Niterói tiveram mais ciclistas em um ano do que a Faria Lima, de São Paulo.
A ciclovia da Avenida Marquês do Paraná, em Niterói, é a mais movimentada do Brasil. A pista exclusiva para quem anda de bicicleta ou autopropelidos teve mais usuários do que a Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, que historicamente sempre foi a ciclovia mais utilizada do país.
Também ultrapassou a Faria Lima outra ciclovia de Niterói, a Avenida Roberto Silveira. Os dados são da empresa Eco-Counter Brasil, responsável pelo monitoramento e contagem de ciclistas e pedestres nas principais ciclovias do país.
Inaugurada em 2024, a ciclovia da Marques do Paraná, via que liga o bairro de Icaraí ao Centro da cidade, registrou a passagem de 1.526.807 ciclistas, entre os dias 24 de março de 2024 e 24 de março desse ano.
No mesmo período, a Av. Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, contabilizou 1.192.711 usuários. São cerca de 330 mil ciclistas a menos do que o total registrado na ciclovia niteroiense.
“A ciclovia de Niterói é a mais movimentada do Brasil sem dúvida. O sistema de contagem é igual ao da Faria Lima. Foi uma grande conquista para gente e mostra que estamos no caminho certo”, celebrou o coordenador do projeto Niterói de Bicicleta, Filipe Simões.
A ciclovia da Avenida Roberto Silveira teve 1.474.104 ciclistas em um ano. Segunda ciclovia mais movimentada do país de acordo com o estudo, a Avenida Roberto Silveira, no mesmo período analisado teve 1.474.104 ciclistas.
“O nosso diferencial é ter uma estrutura de governo formada por ciclistas que estão construindo essa infraestrutura e incentivando uma cultura da bicicleta na cidade. E o melhor é que essa ideia vem sendo abraçada pela população”, comentou Filipe Simões.
Nas últimas semanas, o DE ouviu especialistas e publicou uma série de reportagens sobre micromobilidade, com foco na situação do Rio de Janeiro.
O que é micromobilidade? Trata-se do uso de meios de transporte leves e individuais. Entre eles, estão as bicicletas elétricas (com motor auxiliar, mas sem acelerador, só com pedal), os veículos autopropelidos (patinetes e bicicletas elétricas com acelerador, com ou sem pedal) e os ciclomotores (maiores, mais potentes, que exigem emplacamento e carteira de habilitação). Estes últimos não podem circular nas ciclovias.
Contran divulga regras para o uso de bicicletas elétricas e ciclomotores
Independente dos problemas, a micromobilidade apresenta diversos pontos positivos cruciais para o desenvolvimento de uma cidade e a melhor qualidade de vida de seus moradores. Todos esses novos veículos leves são alternativas eficientes e de baixo carbono aos veículos particulares, especialmente para deslocamentos urbanos de curta distância, como destaca Danielle Hoppe, Gerente de Mobilidade Ativa do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).
“Aumenta a qualidade de vida poder acessar os lugares, parques e praças com mais facilidade. Do ponto de vista mais conceitual, todo deslocamento que a gente não precisar de um carro para fazer é bem-vindo. A cidade foi construída pensando só no automóvel e agora…