Ascensão de Temer foi “golpe”, diz padre Jesus, na Difusora

Em seu comentário matinal de ontem, na Rede Pai Eterno de rádio, o padre – e jornalista – Jesus Flores considerou, no quadro Café Livre, apresentado por Sueli Ramos e Laerte Júnior, que o presidente Michel Temer ascendeu-se ao cargo por força de um “golpe” – referência ao Impeachment que afastou do cargo a presidente Dilma Rousseff (PT) e empossou Temer, em 31 de agosto, na condição de vice.

O comentário foi feito logo após a apresentação da notícia do jantar para alguns integrantes da bancada do PMDB no Senado, na casa da senadora do partido, Kátia Abreu (TO), na noite de terça para quarta-feira. Dentre os participantes da reunião jantar, destaque para líder da bancada no Senado, Renan Calheiros (AL). Durante o jantar alguns comensais fizeram críticas ao projeto de reforma da Previdência e até colocaram dúvidas a aprovação do projeto.

O comentário do padre Jesus entrou ao vivo na programação logo em seguida, como é feito diariamente, com um tom crítico ao projeto da reforma. E foi nesse ponto, então, que padre Jesus Flores questionou a necessidade e o momento para se promover essa reforma, que prejudica e retira direitos dos trabalhadores.

Os aliados e defensores e aliados da ex-presidente Dilma Rousseff sempre classificaram o processo que culminou com o seu Impeachment de “golpe”, sob a alegação de ausência dos pressupostos descritos na Constituição Federal, para justificar o Impeachment. O argumento sempre foi contestado pelos defensores do afastamento. Com o surgimento de uma opinião de peso como a do padre Jesus Flores, pela força do seu prestígio pessoal como religioso e jornalista, a tese de “golpe” no afastamento da ex-presidente Dilma ganha um reforço de grande relevância.

O padre Jesus Flores comenta na programação da Rádio Difusora há mais de 30 anos e sempre com enfoque na defesa dos interesses dos trabalhadores de um modo geral, sobretudo das camadas mais humildes da população. Os seus comentários alcançam sempre muita repercussão na sociedade goiana.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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