Assalto no Manauara Shopping causa pânico em clientes e funcionários

Pessoas que estavam presentes no Manauara Shopping durante o assalto a uma joalheria, no sábado (14), relataram os momentos de tensão vividos durante o episódio de violência ocorrido em Manaus. “A gente começou a entrar em desespero”, disse a funcionária de uma loja de acessórios de moda, Mariana Silva, ao relembrar os momentos de pânico ao ouvir os tiros disparados.

No fim da manhã deste sábado (14), criminosos invadiram e roubaram uma joalheria dentro do centro comercial. Durante a ação, houve troca de tiros com a polícia, e alguns disparos atingiram a fachada da loja. Até o momento, um homem, identificado como Clenilton Lima, integrante do grupo criminoso, foi preso. Não houve registro de feridos.

Ao DE, a vendedora relatou que ela e outra funcionária atendiam três clientes quando começaram a ouvir os disparos. “Foi um tiro seguido do outro e o barulho dos tiros se aproximando mais da gente. A gente escutou também uma ‘porrada’ na grade da nossa loja. A gente tinha conseguido fechar a porta, trancar e ficar lá em cima”, contou.

Mariana relata que enquanto se manteve escondida com a colega e os clientes dentro da loja, a angústia foi grande entre todos. “A gente só escutou os barulhos, os tiros bem na frente [da loja], e a gente começou a entrar em desespero porque ainda não sabia o que era”, salientou.

Ainda no momento de tensão, Kelen Cristina, funcionária de outra loja do shopping, também se escondeu no estabelecimento onde trabalha. Ela lembrou que, no desespero para proteger a si e as outras funcionárias, não teve tempo de fechar a porta principal da loja. “Não deu tempo de trancar a porta principal, a gente só trancou a porta do estoque e escondeu todo mundo lá em cima”, contou ao DE.

Quem também foi surpreendida pelos barulhos de tiros foi a atendente de sorveteria, Rose Castelo Branco. Ao ver as pessoas correndo, ela e outra funcionária do local seguiram um grupo para conseguir sair do centro comercial, que foi isolado minutos depois. ” A gente só escutou o tiroteio, não sabe de onde estava vindo o tiro, nada”, disse.

Visivelmente abalada pela situação, a arquiteta Jucinara Reis estava do lado de fora do shopping. Após saber do assalto, ela ficou em uma das saídas do centro comercial, esperando pelo filho que estava no local. “Ele estava passeando junto com a namorada dele quando começou o tiroteio eles se esconderam dentro de uma loja”, disse ela, que manteve contato com o jovem por meio de um aplicativo de mensagens durante a ação criminosa.

Clenilton Lima, 34 anos, até o momento, é o único integrante do grupo criminoso envolvido no assalto a ser preso. Ele foi encontrado tentando se esconder em uma área de vegetação nativa que fica na praça de alimentação do shopping. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que ele foi detido.

Segundo a Polícia Civil do Amazonas, o homem possuía dois mandados de prisão em aberto por roubos majorados no estado do Pará e estaria no Amazonas há 20 dias. O homem foi preso em flagrante e deve responder pelos crimes de roubo triplamente majorado, com emprego de arma de fogo e restrição de liberdade, além de uso de documento falso. Com ele, foram encontradas joias, relógios, uma arma de fogo e munições.

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Operação ‘Natal Seguro’ em Manaus: marca de panetone é reprovada e mais de 6 mil produtos irregulares são apreendidos

Operação apreende mais de 6 mil produtos irregulares e reprova marca de panetone em Manaus

Uma ação de fiscalização realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM), denominada ‘Natal Seguro’, resultou na apreensão de mais de 6 mil produtos fora das normas estabelecidas e na reprovação de uma marca de panetone. A operação teve abrangência no comércio de Manaus e Região Metropolitana durante os dias 2 a 16 de dezembro, conforme anunciado no balanço divulgado nesta quarta-feira (18).

Ao todo, foram fiscalizados 18,2 mil produtos característicos das celebrações natalinas, incluindo luminárias, brinquedos e alimentos tradicionais dessa época do ano, como panetones, frutas cristalizadas, nozes, castanhas, uvas-passas, peru, pernil, chester, tender e bacalhau. Os agentes do Departamento de Avaliação da Conformidade (Dconf) e do setor de pré-medidos inspecionaram minuciosamente esses itens.

O objetivo da operação foi garantir a qualidade dos produtos disponíveis no mercado amazonense, além de educar os consumidores sobre a importância do selo do Inmetro, dos padrões de qualidade e das informações em português nas embalagens, conforme destacou o diretor-presidente do Ipem-AM, Renato Marinho.

Durante os 14 dias de operação, 137 estabelecimentos foram visitados, resultando em 18 notificações emitidas para comercializações indevidas. As empresas notificadas terão um prazo de dez dias para apresentar defesa ao instituto, podendo receber multas que variam até R$ 1,5 milhão.

No que se refere aos produtos pré-medidos típicos das festas de fim de ano, como panetones, frutas cristalizadas, nozes, castanhas, uvas-passas, peru, pernil, chester, tender e bacalhau, cerca de 2,2 mil amostras foram coletadas em 37 estabelecimentos comerciais da região. Resultados de testes laboratoriais indicaram que uma marca de panetone e outra de frutas cristalizadas apresentaram peso abaixo do informado na embalagem, prejudicando os consumidores. Essas marcas foram autuadas e poderão receber multas significativas.

A fiscalização também abrangeu luminárias natalinas e brinquedos, totalizando 16 mil itens analisados. Deste total, 6,1 mil foram apreendidos por apresentarem irregularidades, principalmente no caso dos pisca-piscas, onde foram identificados plugues fora do padrão e sem certificação do Inmetro. Os brinquedos que não possuíam registro do Inmetro também foram retirados de circulação.

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