Quem era o fiel morto pelo CV confundido com miliciano: “Roupa preta”
Assassinato brutal de Francisco de Assis Almeida, 40 anos, joga luz, mais uma
vez, sobre a guerra sangrenta entre DE e a milícia carioca
A ordem é clara dentro das comunidades cariocas dominadas pela facção criminosa
Comando Vermelho (CV): “executar qualquer membro de milícia”. No entanto, uma vítima da guerra
sangrenta pelo controle das comunidades foi executada sem razão: Francisco de
Assis Almeida, 40 anos, foi confundida com um miliciano por estar vestido com
roupas pretas.
O assassinato brutal joga luz, mais uma vez, sobre o descontrole das batalhas
entre a maior fação do Rio de Janeiro e grupos formado por ex-policiais que
enveredaram para o mundo do crime. Almeida, nascido na Bahia, estava no Rio há
pouco mais de um ano em busca de oportunidades. Foi assassinado quando estava
indo à igreja fazer suas orações.
Evangélico, estava se preparando, nessa sexta (10/1) para participar de um
retiro da igreja. Antes de sair, mandou um áudio para um tio. Pouco tempo depois
de mandar a mensagem, ele se encontrou com algumas pessoas para participar do
evento. Foi quando criminosos chegaram de carro e atiraram contra Almeida, que
morreu na hora.
Segundo investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, faccionados do CV que
atuam na região deram uma ordem para que ninguém usasse roupas pretas. Os
milicianos são conhecidos por usarem roupas táticas, calças e gôndolas negras.
Geralmente às sextas-feiras, o dia em que o fiel foi morto, milicianos costumam
passar em diversos pontos da região para fazer as cobranças de aluguel. A região
do Catiri é alvo de disputa há anos entre tráfico e milícia. A Delegacia de
Homicídios da Capital (DHC) tenta identificar os responsáveis pelo ataque.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) tenta identificar os responsáveis
pelo ataque.