O assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), que cumpria o primeiro mandato, e do motorista Anderson Pedro Gomes, completa hoje (14) nove meses ainda à espera de solução.
Eles foram mortos na noite de 14 de março deste ano, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ambos foram alvejados quando voltavam para casa, de carro, na Tijuca, após participar de evento na Lapa. Os tiros foram disparados de outro veículo.
Ontem (13), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que o assassinato “pesa” sobre o Brasil e sobre a imagem do país no exterior.
Segundo ele, as investigações iniciadas no mês passado para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro estão indo “muito bem”.
Também ontem foram cumpridos mandados de prisão e apreensão no Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais. A apuração dos mandantes e executores dos homicídios é conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
Democracia
De acordo com Jungmann, ele gostaria de entregar ainda este ano, antes de deixar o ministério, os resultados da investigação.
“Então atingir Marielle foi também atingir a democracia. E isso, para mim, é um valor absoluto. Por isso, sim, eu gostaria muito de poder apresentar resultados o mais breve possível, se possível também ainda durante a nossa gestão”, afirmou o ministro.
Oriunda da Favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle Franco tinha 38 anos. Era socióloga, com mestrado em administração pública, e ficou conhecida pela militância na área dos direitos humanos.
Informações da Agência Brasil.