O assassino confesso da jovem Thaís Lara afirmou em depoimento que desligou o celular da vítima para despistar a polícia. O caso da menina considerada desaparecida há três anos foi reaberto neste mês após ele mesmo relatar o crime na cadeia onde está preso desde o ano passado pela morte da jovem Luana Marcelo. As meninas moravam na mesma região que o ajudante de pedreiro, no setor Madre Germana 2, em Goiânia.
“Ele desligou o celular da vítima, que segundo ele, tocava constantemente, e se desfez do aparelho e do chinelo dela. A tentativa dele era de ocultar o que pudesse levar à autoria do crime. Inclusive, ele tirou a bateria e jogou fora. Não teve nenhuma possibilidade de rastreio do número”, declarou a delegada responsável pelo caso, Ana Paula Machado.
Há cerca de duas semanas, o homem pediu uma bíblia ao diretor da Central de Triagem do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Irleone Rodrigues, e afirmou ter ateado fogo no corpo de Thaís antes de jogá-la em uma cisterna. Uma ossada humana foi encontrada no local apontado e a identidade da adolescente de 13 anos foi confirmada por meio de uma perícia nos restos mortais. Não foi possível confirmar se houve estuporo.
“Reidimar informou que estava drogado na data e ela fez um questionamento para ela. Ela perguntou se era verdade o que todos diziam no bairro, de que ele era estuprador. Após dizer isso, ele afirma que sentiu muita raiva e que asfixiou a vítima”, complementou Ana Paula.
Relembre
A suspeita de que outras mulheres tinham sido mortas por Reidimar já havia sido levantada pela delegada responsável pelo inquérito Caroline do homicídio contra Luana. A primeira vítima, Luana, teve as buscas iniciadas aquando ela demorou a retornar para casa. A gaota, de 12 anos, havia saído com R$ 10, a pedido da mãe, para fazer compras em uma padaria próxima à casa da família. Imagens de câmera de segurança ao longo do trajeto mostram a estudante indo e voltando do estabelecimento comercial, mas há registros somente até ela entrar na rua da residência.
O carro de Reidimar apareceu por duas vezes na região onde Luana desapareceu. Em depoimento, o suspeito disse que havia consumido álcool e cocaína e convenceu a jovem a entrar no carro dizendo que teria uma quantia em dinheiro a ser entregue para a mãe dela como pagamento de uma dívida. A perícia confirmou ter ocorrido estupro e morte por asfixia antes de a menina ser enterrada em um buraco aberto no quintal da casa do ajudante de pedreiro. A cova foi tapada com cimento para despistar os policiais.