A denúncia de assédio contra jogadoras do América-MG durante um jogo do Brasileirão Feminino foi arquivada pela Justiça do Rio Grande do Sul. O inquérito policial foi concluído sem o indiciamento do assistente de arbitragem Claiton Timm, suspeito no caso. As atletas do América-MG denunciaram o assédio na primeira rodada do BR Feminino, após a partida contra o Juventude. O Ministério Público solicitou o arquivamento da investigação sobre possíveis crimes de importunação sexual e assédio.
A juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Bento Gonçalves, onde o jogo foi realizado, publicou a decisão na última sexta-feira. O América-MG divulgou uma nota oficial no dia da partida, relatando a denúncia das atletas contra o assistente de arbitragem. O texto descreveu que o profissional proferiu palavras e piadas de cunho sexual, referindo-se às jogadoras, em um comportamento inaceitável.
Apesar da denúncia das jogadoras, o inquérito policial não encontrou indícios de crimes. O delegado Clóvis Souza, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Bento Gonçalves, afirmou que após reunir documentos e ouvir depoimentos, foi afastada a possibilidade de indiciamento do assistente. A defesa de Claiton Timm lamentou a exposição pública do profissional e reiterou o respeito às mulheres e repúdio à violência.
No contexto esportivo, o assistente permanece afastado das atividades conforme decisão da Comissão de Arbitragem da CBF. A entidade solicitou que o caso fosse apurado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Porém, a árbitra do jogo não identificou comportamento ofensivo por parte do assistente, e os diálogos entre os árbitros não mencionaram as jogadoras. A investigação concluiu que as expressões ou palavras isoladas podem ter gerado interpretações divergentes.
A exposição do caso gerou repercussão no meio esportivo e levantou debates sobre o assédio no futebol. A CBF afastou o assistente suspeito e aguarda a decisão do STJD. É importante destacar a importância de investigações justas e imparciais em casos de denúncias de assédio, garantindo a segurança e integridade das atletas e profissionais envolvidos. O esporte deve ser um ambiente seguro e respeitoso para todos os seus participantes, combatendo qualquer forma de violência.