Um grupo formado por três mulheres denunciou o ex-prefeito de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e atual candidato ao governo do estado, Marquinhos Trad (PSD), por assédio sexual. A investigação policial foi confirmada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sejusp), que também informou ter iniciado uma apuração pelo mesmo crime em 2018. À época, ele tinha foro privilegiado e o processo está sob segredo de justiça.
O depoimento das vítimas varia pouco. Todas estariam passando por dificuldades financeiras e receberam promessas de emprego na prefeitura. De acordo com informações publicadas pela coluna Guilherme Amado, do site Metrópoles, elas procuraram a Delegacia da Mulher local para relatar como teriam ocorrido os abusos. Uma delas afirma que o político tentou beijá-la, passou a mão no corpo e nos seios dela para tentar uma relação sexual, mas recusou.
“A declarante pôde sentir que o mesmo estava com ereção e que tentou levar a sua mão ao seu órgão genital; QUE, diante da negativa da declarante em manter qualquer relação sexual com a pessoa de MARCOS, o mesmo vestiu as calças”, consta em parte de trecho da investigação preliminar feita pela Polícia Civil divulgado pela coluna.
Outras duas mulheres declararam ter sido amantes do candidato a governador Marquinhos Trad. No caso delas, o crime teria ocorrido no comitê de campanha meses após o término com tentativa de beijo à força, mas posteriormente houve consentimento para a relação sexual. A diferença nos relatos é de que ele teria se recusado a usar preservativo com uma das vítimas.
Trad nega as acusações e alega ser vítima de estratégia de concorrentes por liderar as pesquisas de intenção de voto em Mato Grosso do Sul. Ele chegou a enviar ao jornalista Guilherme Amado um vídeo no qual uma mulher diz ter sido convidada a publicar conteúdos que pudessem comprometê-lo. O pagamento pela divulgação seria de R$ 150 mil.