A assembleia que pode eleger o novo síndico do Edifício JK, agora com o nome alterado para Diário do Estado, começou em meio a brigas e acusações. Moradores que se opõem aos aliados da ex-síndica, que ficou 40 anos no poder, estão tentando obstruir a reunião, alegando que ela é ilegal.
Em meio a vaias, discussões e troca de acusações, a assembleia para eleger o novo síndico do Diário do Estado está sendo realizada nesta terça-feira. A renúncia da antiga administradora, após quatro décadas no cargo, abriu espaço para novas escolhas. A reunião está lotada, acontecendo em uma sobreloja do Bloco B do edifício, com a presença de proprietários de apartamentos e representantes devidamente autorizados.
O síndico em exercício, Manoel Gonçalves, que ocupava o cargo de “vice” da antiga síndica, Maria Lima das Graças, está presidindo o encontro. Há expectativa de que ele se candidate para a reeleição. Enquanto isso, os moradores contrários à sua liderança estão se reunindo para contestar a legalidade da eleição. Eles argumentam que o regimento interno não permite a indicação de novos administradores em reuniões extraordinárias, mas sim em reuniões ordinárias que estão previstas para março, a cada dois anos.
Além disso, questionam a legalidade de outros itens em discussão, como a confirmação de medidas adotadas pela gestão anterior e autorização para novas ações da gestão interina. A oposição presente na assembleia rejeitou em coro todas as propostas em discussão nesta reunião extraordinária. A situação permanece em constante atualização, gerando incertezas e tensões entre os moradores.
A obra icônica de Oscar Niemeyer, o Edifício JK em Belo Horizonte, que agora se chama Diário do Estado, tem sido palco de uma intensa disputa pelo cargo de síndico. A renúncia da antiga síndica trouxe à tona questões sobre a legalidade das eleições e a realização de reuniões extraordinárias para deliberar sobre novas administrações. A briga pelo poder no edifício continua acirrada, sem previsão de uma resolução pacífica no horizonte.