Assembleia Legislativa começa período de sessões extraordinárias

Entre matérias que devem ser apreciadas está a Lei Orçamentária Anual referente a 2018. Votações devem ir até dia 21

Começam hoje na Assembleia Legislativa as convocações extraordinárias para a apreciação de projetos do Executivo e de iniciativa parlamentar que precisam ser votados ainda este ano. Na quinta-feira passado o ano legislativo foi encerrado pelo presidente a Assembleia, deputado estadual José Vitti (PSDB). As votações devem seguir até dia 21.

A matéria mais importante a ser votada é a Lei Orçamentária Anual (LOA) dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e órgãos independentes como Ministério Público Estadual (MPE) e tribunais de contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM). O relator do projeto Lincoln Tejota (PSD) adiou a entrega do relatório para hoje.

O projeto de lei nº 3868/17 que trata sobre autorização de concessão de sete rodovias estaduais que, de acordo com ele, não deve ser incluído na pauta de votações da autoconvocação. O presidente da Alego tem ressalvas sobre pontos do projeto e, como parlamentares da base e da oposição, defende alterações na propositura. “Não sou contra pedágio, especificamente (…). Não me sinto à vontade para votar esse projeto como ele está. Não podemos dar um cheque em branco, sem definir o que a população vai pagar de pedágio”, destacou.

O presidente da Alego demonstrou satisfação pela aprovação, em primeira votação, do projeto nº 4678/17. A matéria altera o Regimento Interno da Casa (Resolução nº 1218/07), permitindo descontos na remuneração de deputados faltosos. Com a mudança, o artigo 147, parágrafo 10, fica então com a seguinte redação: “A ausência do deputado nas sessões plenárias ou nas reuniões das Comissões, sem a competente justificativa regimental, será considerada falta, acarretando o desconto proporcional em sua remuneração, conforme definido em ato da Mesa Diretora”. “Concluindo a segunda votação ainda este ano, já no início do ano que vem vamos regulamentar essa questão”, pontuou.

José Vitti revelou que o projeto nº 4842/17, de iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ), que prevê a criação e reestruturação de cartórios extrajudiciais no Estado, deverá ser apreciado apenas a partir de fevereiro de 2018, no retorno dos trabalhos legislativos. “Nós temos que ter bastante calma, bastante ponderação nesse projeto. Eu vou fazer aqui o papel de juiz para que tenhamos espaço, calma e tempo para que o relator, que ainda não escolhido, possa se debruçar sobre esse assunto e também ouvir a todas as partes envolvidas. Infelizmente esse ano nós não conseguiremos”, concluiu.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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