A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) está prestes a decidir o futuro do presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar, que está preso desde a última quarta-feira em decorrência de uma operação da Polícia Federal. Nesta segunda-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, liderada por Rodrigo Amorim, realizará uma sessão extraordinária aberta ao público para analisar a possibilidade de encaminhar ao plenário um parecer sobre a manutenção ou revogação da prisão de Bacellar.

Segundo Amorim, a CCJ terá a responsabilidade de fazer uma avaliação exclusivamente técnica, baseada em aspectos regimentais antes da votação em plenário, que está marcada para as 15h. A expectativa é que seja apresentado um único projeto de resolução em que os deputados decidirão sobre a prisão. Enquanto isso, o afastamento de Bacellar ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se ele poderá retornar à presidência da Alerj.

Nos bastidores, a soltura de Bacellar já é dada como certa. Os deputados optaram por deliberar apenas sobre a prisão como medida cautelosa para evitar possíveis consequências do STF. A avaliação é que uma posição contrária à prisão do parlamentar poderia ser interpretada como um alinhamento a interesses de organizações criminosas, o que gera receio entre os parlamentares.

A sessão da CCJ será realizada na sala 1.809 e terá acesso irrestrito para jornalistas, que poderão acompanhar e transmitir as imagens desejadas. A transparência e a legalidade são destacadas como fundamentais para manter o equilíbrio e a normalidade institucional do Poder Legislativo, conforme ressaltado por Amorim.

Os sete deputados que decidirão o futuro de Bacellar são: Rodrigo Amorim, Fred Pacheco, Chico Machado, Luiz Paulo, Alexandre Knoploch, Elika Takimoto e Vinícius Cozzolino. Cada um deles possui ligações e influências variadas, o que torna a decisão ainda mais complexa e controvertida.

Enquanto isso, diversas notícias relacionadas à prisão de Bacellar surgem na mídia, gerando repercussões e reflexões sobre o cenário político atual. O desenrolar desse caso terá impacto não apenas na Alerj, mas também na sociedade e nas instâncias judiciais envolvidas. A expectativa é que a decisão tomada pela CCJ traga um desfecho significativo para esse episódio que tem abalado a política do Rio de Janeiro.