Assessor que fez gesto supremacista branco é demitido

Após mais de 15 dias da polêmica em sessão no Senado Federal, onde fez gesto supremacista branco, o assessor-chefe de Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins está fora do governo. A informação é do blog Poder Online que declara que o presidente Jair Bolsonaro assinou a demissão do seu agora ex-assessor. A exoneração deve ser  publicada no Diário Oficial na próxima semana.

Na quinta-feira, 08, Filipe Martins prestou depoimento na Polícia Legislativa do Congresso Nacional. De acordo com fontes da cúpula do Congresso, Martins deve ser indiciado pelo órgão em razão do episódio. A CNN Brasil informou que investigação deve ser concluída nos próximos dias e enviada ao Ministério Público.

Na semana passada, os senadores aprovaram um voto de censura contra o assessor. A  sugestão foi do senador Fabiano Contarato (Rede-ES).

Ainda de acordo com o Poder Online, a saída do “Sorocabannon”, apelido que faz referência a Steve Bannon, o homem que ajudou a gestar Trump, foi feita de maneira discreta e sem muito alarde.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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