Asteroide enorme, de quase 2 km, passará ‘próximo’ à Terra

Um asteroide com cerca de 1,8km de diâmetro vai passar ”relativamente perto” da Terra na próxima sexta-feira (27). Mais isso não é motivo para ninguém ficar assustado.

“Não há chance alguma de que este asteroide possa impactar a Terra. De fato, o sobrevoo de 27 de maio é o mais próximo que este asteroide se aproximará da Terra em pelo menos 2 séculos”, explica Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Center for Near Earth Object Studies) da Nasa.

Chamado de 7335 (1989 JA) não representa nenhuma ameaça para nós pois, segundo a Nasa, ele passará cerca de 10 vezes a distância média entre a Terra e Lua, a 4 milhões de quilômetros.

Mesmo passando relativamente longe, a distância ainda permite que os cientistas o classifique como um Asteroide Potencialmente Perigoso (PHA). O diretor do programa CNEOS da NASA admite que, de fato, pode parecer confuso categorizar este asteroide como ”potencialmente perigoso”, mas destaca o motivo: “Atribuímos esse rótulo oficial porque a órbita desse asteroide se aproxima ‘perto’ da órbita da Terra (menos de 20 vezes a distância da Lua). Então, isso é ‘próximo’ para um asteroide”.

Segundo o CNEOS, o asteroide que se aproxima em 27 de maio será o maior que passará pela Terra em 2022, mas os atrônomos tem o acompanhado há mais de 30 anos, e conhecem bem o seu caminho orbital, assim como outros Asteroides Próximos da Terra (NEO).

Missão DART

Em 2021, a Nasa instarou a missão DART, que testa o potencial tecnológico humano contra um asteroide que possa entrar em rota com a Terra no futuro.

De acordo com a agência espacial americana, diariamente, cerca de cem toneladas de ”material interplanetário” caem na superfície da Terra, mas a maioria desses objetos são minúsculas partículas de poeira que são liberadas por cometas.

Em questão ao 7335, Asteroide que está viajando a cerca de 13 mil km/h, também não é possível vê-lo a olho nu, mas uma foto do objeto rochoso foi capturada pelo Projeto Telescópio Virtual.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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