Última atualização 30/04/2024 | 15:54
A farmacêutica AstraZeneca reconheceu na Justiça, pela primeira vez, que sua vacina contra a Covid-19 tem um “efeito colateral raro”. Segundo o The Telegraph, a informação foi acrescentada em uma ação coletiva movida por pessoas que foram diagnosticadas com trombose após a vacinação na Inglaterra. Cerca de 51 famílias pedem indenização de R$700 milhões no processo.
A AstraZeneca admitiu que a vacina “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)”. A condição é formada pela formação de coágulos de sangue, o que aumenta os riscos de entupimento de veias e artérias.
No Brasil, a vacina foi produzida em consórcio com a Fiocruz e cerca de 153 milhões de pessoas receberam a dose, principalmente em 2021 e 2022. A admissão dos efeitos colaterais pela farmacêutica agora é alvo de comentários no meio político.
O Ministério da Saúde afirma que a vacina da AstraZeneca para a Covid-19 já salvou milhares de vidas. O Ministério diz que ficar sem a imunização seria o pior caminho. “A vacina fabricada pela empresa AstraZeneca/Oxford, desenvolvida no início da pandemia, e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi extremamente importante para o controle dos casos e a redução de óbitos por Covid-19 no país e no mundo, salvando milhares de vidas. Desde dezembro de 2022, essa vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes”, diz a pasta.
‘‘Os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19’’, informou o Ministério em comunicado emitido em 2023.