Astronomia: esta semana é a sua chance de ver um cometa de verdade!

Tudo aqui parece chegar depois. Até os cometas parecem estar cientes sobre como as coisas funcionam na terra. Os filmes, os videogames, os vírus… tudo depois. Mas finalmente está aqui a razão da paixão dos astrônomos leigos: O cometa Neowise deverá ser visto pelos céus brasileiros de hoje à noite, até o final do mês de julho, embora seu visual possa ficar comprometido. Em Goiás, é provável que seja visto a partir de domingo, dia 26.

Nas últimas semanas, o cometa vem rendendo imagens incríveis durante sua passagem pelo Hemisfério Norte e deu um show particular para os astronautas da Estação Espacial Internacional. Agora, chegou a nossa vez. Inicialmente, ele vai aparecer apenas para observadores da região Norte, depois Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, nesta ordem, “descendo” pelos nossos céus. Em São Paulo, faz sua primeira aparição na sexta-feira, dia 24.

Ainda não é possível afirmar se ele será visível a olho nu, pois há muitos fatores imprevisíveis em jogo —como a composição do cometa, a velocidade com que os gases de sua cauda são expelidos e as condições atmosféricas. Então, “como faço para ver?”. É simples (mas nem tanto): O cometa aparecerá todos os dias até 30 de julho logo após o pôr do sol, por volta das 18h30. É preciso olhar para a direção noroeste, bem perto do horizonte.

A cada dia, ele estará um pouquinho mais alto —no domingo, a elevação será de cerca de 15°. Um binóculo astronômico ou de longo alcance pode ajudar. Busque um lugar alto, com o céu escuro, sem luzes artificiais próximas, e com o horizonte o mais livre de obstáculos possível. Torça pela ausência de nuvens e chuva. Um software ou app de observação dos céus (como o Skywalk, Starchart ou Stellariu) também podem te ajudar.

Se você perder, sempre tem o Instagram da NASA para matar um pouquinho a nossa vontade de ver o céu.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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