Astronomia: esta semana é a sua chance de ver um cometa de verdade!

Tudo aqui parece chegar depois. Até os cometas parecem estar cientes sobre como as coisas funcionam na terra. Os filmes, os videogames, os vírus… tudo depois. Mas finalmente está aqui a razão da paixão dos astrônomos leigos: O cometa Neowise deverá ser visto pelos céus brasileiros de hoje à noite, até o final do mês de julho, embora seu visual possa ficar comprometido. Em Goiás, é provável que seja visto a partir de domingo, dia 26.

Nas últimas semanas, o cometa vem rendendo imagens incríveis durante sua passagem pelo Hemisfério Norte e deu um show particular para os astronautas da Estação Espacial Internacional. Agora, chegou a nossa vez. Inicialmente, ele vai aparecer apenas para observadores da região Norte, depois Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, nesta ordem, “descendo” pelos nossos céus. Em São Paulo, faz sua primeira aparição na sexta-feira, dia 24.

Ainda não é possível afirmar se ele será visível a olho nu, pois há muitos fatores imprevisíveis em jogo —como a composição do cometa, a velocidade com que os gases de sua cauda são expelidos e as condições atmosféricas. Então, “como faço para ver?”. É simples (mas nem tanto): O cometa aparecerá todos os dias até 30 de julho logo após o pôr do sol, por volta das 18h30. É preciso olhar para a direção noroeste, bem perto do horizonte.

A cada dia, ele estará um pouquinho mais alto —no domingo, a elevação será de cerca de 15°. Um binóculo astronômico ou de longo alcance pode ajudar. Busque um lugar alto, com o céu escuro, sem luzes artificiais próximas, e com o horizonte o mais livre de obstáculos possível. Torça pela ausência de nuvens e chuva. Um software ou app de observação dos céus (como o Skywalk, Starchart ou Stellariu) também podem te ajudar.

Se você perder, sempre tem o Instagram da NASA para matar um pouquinho a nossa vontade de ver o céu.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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