Astros da Corrida estreiam percurso inédito em Goiânia

É a terceira vez que Goiânia recebe a Corrida do Milhão, nas outras duas vezes em que a corrida aconteceu no Autódromo Internacional de Goiânia, as vitórias foram de Rubens Barrichello (2014) e Thiago Camilo (2015), que ganharam, cada, um milhão de reais. A prova, que acontece no dia 5 de agosto, já tem as presenças confirmadas de  Felipe Massa, o português Antonio Félix da Costa, o argentino Agustín Canapino – um dos destaques do SuperTC 2000, o principal campeonato do automobilismo argentino, que irão dividir curvas com outros grandes nomes já fixos da Stock Car como Rubens Barrichello, Lucas di Grassi, Daniel Serra, Cacá Bueno, Felipe Fraga, Nelsinho Piquet, entre tantos outros.

A grande novidade para os pilotos, tanto os que disputam a temporada como os que estarão apenas em Goiânia atrás do milhão de reais é a utilização do anel externo do circuito, que tem um total de 2.696 metros de extensão. Um desafio a mais para os pilotos, já que ninguém do grid atual jamais competiu nesta versão do circuito da capital goiana. Será a primeira vez em 18 anos que a Stock Car utilizará a versão somente com curvas à direita, e a sexta vez na história do autódromo da capital de Goiás.

Da última vez em que a Stock Car utilizou o anel externo goiano, o carro da categoria ainda era a versão do Vectra com motor de seis cilindros em linha. O tempo da pole position na ocasião, adotado por Affonso Giaffone Neto, foi de 53s500, a uma média de 181,413 km/h. Uma das grandes expectativas agora fica por conta do tempo de volta do modelo atual dotado de motor V8 e cerca de 500 cavalos de potência

“Quisemos trazer um ingrediente especial para esta edição da Corrida do Milhão ao optarmos pelo traçado externo, no qual ninguém da atual geração de pilotos da Stock Car correu. Vai ser muito interessante acompanhar a evolução de cada piloto com acerto do carro e pilotagem, e também em tempos de volta, para termos a Corrida do Milhão mais veloz da história”, destacou Rodrigo Mathias, CEO da Vicar Promoções Desportivas, empresa que organiza a Stock Car, a Stock Light e o Brasileiro de Marcas.

A economia local também é diretamente envolvida no evento: o impacto gerado com a prova a partir do turismo e a prestação de serviços locais é de aproximadamente R$ 20 milhões, originando cerca de mil empregos locais diretos e outros milhares indiretos; além do investimento em mídia que gera um alcance, impulsionado pelas plataformas de redes sociais da categoria e de seus pilotos, superior a dez milhões de pessoas, atraindo ao autódromo um público próximo de 30 mil pessoas.

“Os goianos têm uma grande paixão por esportes e, em especial, pelo automobilismo amador e profissional. Com destaque para a Stock Car, a maior e a principal competição de velocidade da América do Sul. Todos os anos recebemos, no Autódromo Internacional de Goiânia, um dos melhores e mais modernos do País, seus pilotos, suas equipes, organização e apoiadores, onde cerca de 30 mil goianos prestigiam e vibram com cada corrida realizada no autódromo na nossa capital”, ressalta o governador do Estado de Goiás, José Eliton.

A classificação e a largada para a Corrida do Milhão já têm horários definidos. No sábado (4), a definição do grid da Stock Car ocorre ao meio-dia, com transmissão ao vivo do SporTV. A Stock Light tem a largada da primeira prova também no sábado às 13h30, enquanto o Brasileiro de Marcas tem o horário de início às 14h35.

No domingo (5), a programação será aberta com a largada da segunda prova do Brasileiro de Marcas; na sequência, ocorre a visitação dos boxes, às 9h45, onde os portadores do passe poderão conseguir autógrafos e fotos com os ídolos da Stock Car. Às 11h30 será dada a largada para a Corrida do Milhão da Stock Car, com transmissão ao vivo na Globo dentro do programa Esporte Espetacular, e às 12h35 a Stock Light dá início à segunda prova.

Os ingressos já estão a venda pela internet no site oficial da Stock Car (www.stockcar.com.br) ou diretamente no site da Tickets For Fun (www.ticketsforfun.com.br). Além disso o passes estão também disponíveis fisicamente em sete postos Petrobras espalhados pela cidade e na FNAC do Shopping Flamboyant.

 

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Ano agitado no Flamengo: Filipe Luís assume, Gabigol sai e nova diretoria toma posse

Retrospectiva 2024: título com Filipe Luís, fim da era Gabigol e troca de diretoria marcam ano do Flamengo

Tite conquista o Carioca para espantar sombras de 2023, mas vive oscilação e não escapa da demissão em uma temporada em que o clube sofreu com lesões e clima quente nos bastidores políticos.

Depois de um 2023 amargo e sem títulos, o Flamengo precisava se reerguer neste ano. E foi uma temporada intensa. 2024 reservou dois títulos ao clube, mas também confusão dentro e fora de campo e algumas despedidas.

O clube apostou em Tite, voltou a levantar troféus e ergueu o Carioca de forma invicta. No entanto, com o técnico, o ano também se desenhou conturbado com inúmeras lesões, eliminação precoce na Libertadores, futebol raramente vistoso, além da relação agitada com Gabigol. Tudo isso resultou na demissão do treinador no fim de setembro.

A reta final da temporada trouxe um certo alento com a chegada de Filipe Luís, que conquistou a Copa do Brasil para salvar o ano com um título de expressão. A taça, no entanto, não foi suficiente para manter a gestão de Rodolfo Landim no poder. Após seis anos, o Flamengo terá uma nova diretoria: Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi eleito para o próximo triênio.

CAMPANHA QUASE PERFEITA NO CARIOCA

O 38º título estadual do Rubro-Negro foi conquistado com números expressivos. Com Tite, o Flamengo fez valer o equilíbrio – palavra-chave do treinador – e se negou a sofrer na competição. O clube foi campeão invicto e com a melhor defesa da história do Carioca: 11 vitórias, quatro empates e apenas um gol sofrido. O gol foi sofrido pelo time alternativo, diga-se.

IRREGULARIDADE NA LIBERTADORES

A campanha em busca da Glória Eterna foi irregular. Em nenhum momento o Flamengo encantou e acabou eliminado antes das semifinais pelo segundo ano seguido. Em um grupo com adversários mais fracos, o Flamengo de Tite oscilou muito e se classificou às oitavas somente na última rodada com uma vitória sobre o Millionarios, no Maracanã. No mata-mata, o Flamengo venceu o Bolívar por 2 a 0 como mandante e sofreu para se classificar na altitude de La Paz, na derrota por 1 a 0. Nessa altura, Tite já era alvo de críticas, mas foi mantido até as quartas de final, quando o Flamengo foi eliminado pelo Peñarol. O Rubro-Negro perdeu por um gol no Maracanã e não conseguiu reverter no Uruguai.

LESÕES ATRAPALHAM TITE – E O ANO DO FLAMENGO

A grande sequência de jogos para alguns jogadores, no entanto, cobrou um preço alto. No segundo semestre problemas clínicos começaram a assombrar. Algumas graves lesões tiraram jogadores importantes da temporada. Casos de Everton Cebolinha (ruptura do tendão de Aquiles) e Pedro (ruptura do ligamento cruzado anterior), por exemplo. Além de Viña, que rompeu o cruzado e teve uma fratura da tíbia. Mas outros atletas também marcaram presença no DM: Arrascaeta, De la Cruz e Michael com lesões musculares. Além de Luiz Araújo, com uma fratura na cartilagem, que o tirou da reta decisiva da temporada. No início do ano, Gerson foi desfalque por cerca de dois meses por um diagnóstico de uma hidronefrose com infecção renal, que fez o jogador passar por uma cirurgia no rim.

QUASE R$ 300 MILHÕES EM INVESTIMENTO

O Flamengo agitou o Natal passado com a contratação de De la Cruz como o primeiro reforço do ano. Os R$ 78,2 milhões pagos à vista foram simbólicos e uma ideia do que o Rubro-Negro poderia fazer na janela. Logo depois, Viña e Léo Ortiz chegaram para completar o elenco na primeira janela. Depois do Carioca, Carlinhos foi contratado após se destacar pelo Nova Iguaçu. A segunda janela, no meio do ano, deu o que falar. O clube precisou agir às pressas para suprir as carências do elenco devido às lesões. No apagar das luzes, o Flamengo contratou Michael, Alex Sandro, Alcaraz e Plata. Os dois primeiros vieram livres, enquanto o argentino se tornou a contratação mais cara da história do clube (R$ 110,6 milhões).

O SONHO DO ESTÁDIO

O Flamengo deu o primeiro passo para a construção de seu estádio próprio. Depois de meses em negociação com a Prefeitura do Rio e com a Caixa, o Rubro-Negro arrematou o terreno do Gasômetro em um leilão após a desapropriação ter sido anunciada pelo prefeito Eduardo Paes. No dia 31 de julho, o clube comprou o terreno por R$ 138,1 milhões que era o lance mínimo do leilão. No mês seguinte, precisou pagar mais R$ 7,8 milhões pelo terreno após perícia. O valor total foi de pouco mais de R$ 145 milhões.

CHEGADA DE FILIPE LUÍS SALVA O ANO

Na mesma nota em que anunciou a demissão de Tite, o Flamengo apresentou Filipe Luís como novo técnico. O ídolo estava no sub-20 e recebeu a sua primeira oportunidade no profissional. Quis o destino que ele assumisse na semifinal da Copa do Brasil, título que veio a conquistar pouco tempo depois. O Flamengo já havia passado por Amazonas, Palmeiras e Bahia na competição. Em sua estreia, venceu o Corinthians por 1 a 0 no Maracanã e se classificou na volta no empate sem gols e com um jogador a menos (Bruno Henrique foi expulso no primeiro tempo) na NeoQuímica. Foram apenas quatro jogos para coroar o primeiro título de Filipe Luís como treinador profissional. A final foi emblemática com uma vitória simbólica no jogo de ida por 3 a 1, e o título sendo erguido na Arena MRV após um 1 a 0, com gol de Plata. Além disso, o time voltou a jogar um bom futebol sob o comando do ex-lateral.

O (AGITADO) ADEUS DE GABIGOL

O último ano de contrato de um dos maiores ídolos da história do clube foi bastante conturbado. Gabigol começa a temporada com a denúncia da tentativa de fraude do exame antidoping, que o causou uma punição de dois anos de suspensão. O atacante, até hoje, atua sob efeito suspensivo conseguido junto ao CAS e ainda aguarda julgamento. Esta, no entanto, não foi a única polêmica. O interesse do Corinthians foi um dos destaques e ganhou ainda mais atenção após Gabigol ter tido uma foto vazada com a camisa do rival paulista quando estava em casa com seus amigos. O episódio fez o atacante ser punido com a perda da camisa 10, além de uma multa. Enquanto a negociação com o Flamengo estava parada após o clube voltar atrás nos valores acordados inicialmente, o jogador ficou livre no mercado e recebeu do Palmeiras um pré-contrato para assinar. Gabigol não assinou o documento, mesmo vivendo uma temporada como reserva e um status de preterido por Tite. Foram poucos jogos e minutos com o treinador. O cenário melhorou com a chegada de Filipe Luís, e o atacante, aos poucos, recuperou o seu espaço. Gabigol fez, inclusive, dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil.

NOVA GESTÃO E OS NOVOS ARES

O ano foi marcado por eleições. Foram meses de campanha dos dois principais candidatos: Rodrigo Dunshee (candidato da situação) e Luiz Eduardo Baptista (principal candidato de oposição). Bap venceu o pleito com ampla maioria: 1.731 votos contra 1.166 votos. O terceiro lugar foi de Mauricio Gomes de Mattos, com 363 votos. A vitória de Bap marca da gestão de Rodolfo Landim no clube. O atual presidente estava na campanha de Dunshee e seria o CEO do clube em caso de vitória. O mandatário eleito tomou posse na última semana e teve o seu primeiro ato: anunciou José Boto como diretor de futebol e a permanência de Filipe Luís como treinador. Bap terá a caneta a partir de 1º de janeiro, mas sua gestão já começa a fazer as mudanças e o planejamento para 2025. No elenco já houve a primeira mudança: a gestão optou pela não renovação do contrato de David Luiz.

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