Ataque que matou 3 em bar de Nova Iguaçu teve mais de 100 tiros; polícia investiga racha na milícia
Vítimas foram surpreendidas ao sair de carro em frente a bar no Jardim Monte Castelo. Delegado aponta racha na milícia como principal linha de investigação.
Três morrem baleados em ataque a bar em Nova Iguaçu; um dos mortos tinha 14 anotações, incluindo homicídio.
Mais de 100 tiros foram disparados no ataque que matou três homens apontados como milicianos ao lado de um bar lotado no bairro Jardim Monte Castelo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira (20) em uma região dominada pela milícia e deixou clientes em pânico.
Testemunhas relataram que dois homens armados com fuzis chegaram em um carro preto e atiraram contra os três homens que haviam acabado de sair de um veículo. O trio morreu no local.
De acordo com o delegado Nathan Aceti, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, a principal linha de investigação é de que houve um racha na milícia que atua na região.
As vítimas seriam ex-integrantes do grupo, e o ataque pode ter sido motivado por disputa territorial.
A perícia constatou que os criminosos dispararam pelo menos 109 vezes. Dois dos mortos estavam sendo investigados pela delegacia, incluindo um dos chefes da milícia, responsável por ordenar extorsões contra moradores: Luiz Carlos Pereira dos Santos, conhecido como Nem Corolla.
Segundo o delegado, após o desmembramento da facção, Nem Corolla passou a comandar um novo grupo, o que teria motivado o ataque do grupo rival.
Os três mortos:
* Luiz Carlos Cruz, ou Nem Corolla, tinha sete anotações criminais, sendo cinco por homicídio (um deles do pai de um ex-prefeito de Vassouras), e estava com carregadores cheios de munição. A polícia investiga se a pistola encontrada com ele foi roubada durante o ataque.
* Antony Cruz Eiras, outra vítima, possuía 14 passagens pela delegacia, incluindo suspeitas de homicídio e lesão corporal.
* O terceiro morto, Patrick Vieira dos Santos, estava com um revólver calibre 38 e munição.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso.




