A Rússia diz que atingiu uma reunião de autoridades em seu último ataque à Ucrânia, causando a morte de mais de 30 pessoas e deixando pelo menos 117 feridos. Segundo informações do Ministério da Defesa russo, dois mísseis atingiram a reunião de oficiais militares ucranianos no último domingo (13) na cidade de Sumy, onde a Ucrânia relatou o alto número de vítimas decorrentes dos ataques.
O Ministério da Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de usar civis como “escudos humanos” ao alegar que o país vizinho colocou instalações militares em locais onde a população é densamente concentrada e realizando eventos envolvendo soldados no centro das cidades. Até o momento, Kiev não se pronunciou sobre as acusações feitas pela Rússia.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, seus militares dispararam “dois mísseis táticos Iskander-M no local da reunião”, atingindo o que chamaram de grupo tático operacional das forças armadas ucranianas. Autoridades locais afirmam que mais de 60 soldados ucranianos perderam a vida durante a ofensiva.
O presidente Volodymyr Zelensky pediu uma resposta internacional mais rígida contra Moscou em relação ao ataque, que aconteceu enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, busca cumprir sua promessa de acabar rapidamente com a guerra na região. Líderes de países como Reino Unido, Alemanha e Itália condenaram o ataque, sendo que Trump classificou a situação como terrível.
Em seu briefing diário, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, foi questionado sobre a posição do Kremlin em relação aos comentários de Trump e se o ataque teria sido resultado de um erro. Peskov reiterou que os militares russos atacam apenas alvos militares e próximos a esses alvos, destacando que o governo russo não comenta diretamente sobre o curso da guerra e que esse é um assunto para o Ministério da Defesa.