Ataque de pitbull a cachorrinha vira-lata: família relata susto e pede conscientização

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Uma cachorrinha vira-lata sofreu diversos ferimentos após ataque de outros dois cachorros enquanto passeava com a família pelo Jd. Itatiaia, em Campinas (SP), no final da tarde desta terça-feira (28). Uma câmera de segurança registrou a ação – assista acima. Segundo Paulo Henrique Gressoni, que passeava com Linda e também com Duke, um buldogue francês, eles foram surpreendidos por dois pitbulls por volta de 16h30. “Como de costume, eu passeio com meus cachorros todo final de tarde, por uma praça, onde as pessoas, crianças e toda a população do bairro tem acesso. Quando fui surpreendido por dois pitbulls que atacaram o meu bulldog e a minha vira-latinha”, conta Paulo. O tutor relata que conseguiu segurar o buldogue no colo e não aconteceu nada com ele, mas Linda acabou mordida ferozmente. “Ele atacou ferozmente, covardemente, pela jugular da cachorra mesmo. Ele mataria ela (Linda). Ela conseguiu escapar e fugiu”, disse.

A família relatou que Linda chegou a ter pedaços arrancados por mordidas dos outros cachorros. Ela foi levada ao veterinário, medicada e está sob cuidados em casa, com retorno marcado para daqui cinco dias. “Os animais eles não são racionais, né? Racional é o dono, então o dono desses cachorros deveriam mantê-los sob cuidado. E jamais estar na rua do jeito que estavam, né?”, ressaltou Paulo. O filho dele, Lucca Gressoni, conta que tenta localizar os donos dos pitbulls, além de cuidar dos animais. No entanto, o episódio deixou a família com medo. “Nosso receio agora é de sair para passear, uma simples passeada quase nos custou a vida da nossa cachorra”.

Em reportagem sobre um ataque de pitbull em julho, Gilberto Leandro Júnior, adestrador comportamental formado em psicologia canina, explicou que o pitbull trata-se de uma raça forte, resistente e com muita energia, criada originalmente para atividades de combate De. No entanto, isso não torna o pitbull naturalmente agressivo. Quando o animal é criado com responsabilidade, socializado desde filhote e estimulado física e mentalmente, o cão pode ser extremamente equilibrado, obediente e afetuoso, segundo o adestrador. “A agressividade, na maioria das vezes, é resultado de falhas humanas, como a falta de limites, ausência de socialização e reforço de comportamentos inadequados. Ou seja, o problema está na forma como o cão é criado, e não na raça em si”, comenta.

Um dos erros mais comuns, segundo o especialista, é tratar o cão como um bebê, quando o animal precisa de regras e direcionamento. “Respeitar o tempo do animal, estabelecer uma rotina e criar vínculos positivos são os primeiros passos para evitar acidentes.” “O pitbull é um cão que precisa de uma família ativa, disposta a oferecer rotina, exercício e regras claras. Não é indicado para tutores negligentes, sedentários ou que desejam apenas um cão de guarda. É um cão que exige presença, conhecimento e dedicação”, reforça o adestrador. Além disso, o adestrador reforça a importância de vencer o preconceito e conscientizar a sociedade de que “não existem raças perigosas, existem tutores despreparados. A chave para a convivência segura está no conhecimento e no respeito”.

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