A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que um ataque militar israelense desativou o último grande hospital do norte da Faixa de Gaza. A ação, que ocorreu na última sexta-feira (28/12) nas proximidades do Hospital Kamal Adwan, resultou na desativação da unidade de saúde, conforme informações da OMS. Essa operação deixou a região sem acesso a um hospital de grande porte, após outro estabelecimento de saúde ter sido fechado na terça-feira anterior.
De acordo com a OMS, a incursão no Hospital Kamal Adwan causou danos severos a alguns departamentos fundamentais, que foram queimados e destruídos durante a operação. O Ministério da Saúde palestino, gerido pelo Hamas, relatou que departamentos cirúrgicos, de operações, laboratório, armazéns e unidades de ambulância foram atingidos pelo incêndio.
Após o ataque, cerca de 60 funcionários e 25 pacientes em estado crítico permaneceram no hospital, enquanto os pacientes em estado moderado a grave foram transferidos para o Hospital Indonesian, que também foi destruído na terça-feira. A OMS expressou profunda preocupação com a segurança dessas pessoas e com a situação dos hospitais na região.
Israel afirmou que o Hospital Kamal Adwan era utilizado como esconderijo por organizações terroristas, negando ter incendiado a unidade de saúde. As Forças de Defesa de Israel alegaram que haviam dado ordens para evacuação, mas só ingressaram no local na noite seguinte. O Hamas, considerado terrorista por diversos países, atacou território israelense em outubro, resultando em mortes.
A OMS denunciou as restrições de acesso impostas a ela e seus parceiros, bem como os ataques frequentes contra hospitais na região desde outubro de 2024. As incursões no Hospital Kamal Adwan comprometem os esforços da agência para manter a instalação operacional e reforçam o pedido por um cessar-fogo na região.
Nos últimos meses, o Kamal Adwan foi alvo de múltiplos ataques por parte das tropas israelenses, enquanto a região norte de Gaza tem sido isolada devido à ofensiva de Israel. Além do Kamal Adwan e do Indonesian, o hospital al-Awda também tem sido constantemente atacado, tornando a situação de saúde na região ainda mais crítica. O cerco imposto pelas forças israelenses tem agravado a situação humanitária naquela região.
Portanto, a comunidade internacional precisa intervir para garantir o acesso à saúde para a população de Gaza e evitar novas tragédias humanitárias na região.É fundamental que se busque uma solução pacífica para o conflito e que se protejam as instalações essenciais, como hospitais, para garantir o atendimento médico adequado aos mais necessitados.