Ataques a jornalistas crescem 23% e têm os Bolsonaro em quase metade dos casos

Ataques a jornalistas crescem 23% e têm os Bolsonaro em quase metade dos casos

Em 2022, os ataques a jornalistas cresceram 23% em comparação com o ano anterior. Em 2021, foram 453 casos de agressões verbais e físicas, além de discursos que buscavam descredibilizar a profissão. Os números saltaram para 557 ataques. Ainda, o levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) indicou que 41,6% dos casos envolveram a família Bolsonaro.

Ataques a jornalistas em 2022

Durante debate a respeito da liberdade de imprensa, em São Paulo, a Abraji publicou o documento sobre ataques a jornalistas. O levantamento teve sua primeira publicação em 2019, quando a entidade registrou 130 casos. Portanto, em um espaço de três anos, o número de agressões subiu 328,4%.

A maior parte dos ataques a jornalistas entrou na categoria de “discursos estigmatizantes” (61,2%), justamente aqueles que buscam descredibilizar a profissão. Em 75,7% desses casos, os autores dos ataques eram políticos e funcionários públicos.

Em 2022, um percentual de 31,2% foi relativo a violações físicas, destruição de equipamentos, ameaças e hostilizações. Comparando com 2021, o aumento foi de 102,3% nesses casos mais graves de agressões a jornalistas.

A família Bolsonaro está no centro desses ataques. Jair, Flávio, Eduardo e Carlos protagonizaram 41,6% dos casos, em sua maioria por discursos intimidatórios por meio das redes sociais. O perfil geral dos alvos mostra que homens foram 62,6% das vítimas, enquanto as mulheres foram 43,5%.

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