Os indígenas Parakanã denunciaram uma série de ataques por parte de pistoleiros armados com metralhadoras na região do Pará. Segundo relatos da comunidade, esses pistoleiros agem sob o comando de fazendeiros locais. A Terra Indígena Apyterewa, onde os Parakanã residem, foi alvo do último ataque na madrugada de quarta-feira (19/2). Esta área possui 773 mil hectares e passou por um processo de desintrusão pelo governo federal.
Localizada no município de São Félix do Xingu, no sudoeste do estado do Pará, a Terra Indígena Apyterewa agora enfrenta a preocupação constante de novos ataques por parte dos pistoleiros. A população indígena Parakanã já relatou a situação ao Ministério Público Federal (MPF) que, por sua vez, encaminhou o caso para investigação pela Polícia Federal (PF). Uma audiência judicial sobre os ataques está programada para esta segunda-feira (24/2), e o MPF solicitou à PF que os detalhes dos ataques sejam incluídos no inquérito policial em andamento.
Após receber a denúncia, a PF deu início à investigação dos ataques contra os Parakanã na Terra Indígena Apyterewa. Informações preliminares indicam que os pistoleiros agem em uma região estratégica, onde anteriormente existia uma ponte utilizada pelos invasores do território indígena. Os indígenas locais afirmam que os pistoleiros recebem ordens diretas dos fazendeiros da região, o que aumenta a apreensão na comunidade, que inclui crianças e idosos.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota expressando profunda preocupação com a situação, afirmando que o povo Parakanã está alarmado e teme pela continuidade dos ataques. A comunidade Parakanã espera que as autoridades competentes ajam rapidamente para garantir sua segurança e proteção contra os pistoleiros armados que têm aterrorizado a região. Enquanto isso, o MPF e a PF continuam trabalhando juntos para investigar e punir os responsáveis pelos ataques contra os indígenas na Terra Indígena Apyterewa, no Pará.