Ataques do Comando Vermelho afetam provedores no Ceará: empresas fecham e população fica sem internet

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Sem internet e empresas falidas: o impacto dos ataques a provedores no Ceará

A ordem dos ataques partiu de membros do Comando Vermelho cearenses escondidos no Rio de Janeiro. Um policial foi baleado no pescoço em operação contra chefes do crime no Ceará, escondidos na Rocinha.

Os ataques do Comando Vermelho a empresas de internet no Ceará, ordenados por membros da facção que estão escondidos no Rio de Janeiro, afetaram a população de quatro cidades e provocaram o fechamento de ao menos duas empresas que atuavam na Grande Fortaleza. Segundo o Ministério Público, os traficantes também ordenaram mais de mil homicídios.

Os integrantes da facção criminosa foram alvos de uma operação realizada neste sábado (31), na Rocinha, que busca capturar chefes do crime do Ceará que estão escondidos na comunidade carioca. Os agentes buscam cumprir 29 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.

Durante a ação, foram apreendidos quatro fuzis, duas pistolas, um revólver, um fuzil de airsoft, munição e drogas ainda em fase de contabilização. Além disso, um homem com mandado de prisão em aberto foi preso.

Criminosos atacaram estruturas de empresas de internet no Pecém, na Grande Fortaleza, no dia 26 de fevereiro deste ano. Entre fevereiro e março, Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Caridade sofreram ataques contra provedores de internet.

As ofensivas dos criminosos foram diversificadas, incluindo incêndios de veículos, depredação de equipamentos, invasão de empresas, além da destruição de caixas de transmissão, antenas e redes de fibra ótica. Uma investigação do Ministério Público do Ceará apontou que a ação dos criminosos era em represália a negativa dos empresários em atender as exigências do Comando Vermelho, entre elas, o pagamento mensal de uma taxa por cada cliente.

O município de Caridade foi o mais afetado, com 90% dos clientes ficando sem internet por semanas. A cidade sofreu com a falta de acesso a serviços essenciais como Pix, internet bank e inscrição em concursos públicos, devido aos ataques.

Uma das empresas prejudicadas foi a provedora de internet ‘GPX Telecom’, que encerrou suas atividades em março após ser alvo dos criminosos. O governador do Ceará anunciou a criação de um grupo especial para investigar os atos criminosos contra provedoras de internet e mais de 50 pessoas foram presas em decorrência dos ataques.

A cronologia dos ataques revela a escalada de violência, incêndios, destruição de fiação e veículos, demonstrando as consequências graves para a população e para as empresas que foram alvo da facção criminosa. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e o funcionamento adequado dos serviços de internet no Ceará.

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