Ateliê do Gesto apresenta aulas-espetáculo gratuitas, resultantes do projeto “A procura do gesto”

Neste mês de fevereiro, o Ateliê do Gesto, plataforma criativa da cidade de Goiânia,  apresentará quatro aulas-espetáculo chamadas “A Procura do Gesto”. Esta ação faz parte de um grande projeto que o Ateliê desenvolveu ao longo de 2023 de residências artísticas, um trabalho desenvolvido para pensar e mergulhar em processos criativos em diálogo com outros artistas. As apresentações acontecerão em quatro diferentes equipamentos culturais de Goiânia e Aparecida de Goiânia, nos dias 20, 22, 23 e 29 de fevereiro, às 20h. Serão palco deste trabalho, respectivamente: Instituto Federal de Goiás – Câmpus Aparecida de Goiânia; Centro Cultural UFG; Instituto Federal de Goiás – Câmpus Goiânia; Teatro Cidade Livre, em Aparecida de Goiânia. As exibições são gratuitas e aberta ao público.

Segundo os realizadores, João Paulo Gross e Daniel Calvet, o intuito deste trabalho é o de abrir espaço para que o processo criativo, enquanto busca, possa ser o protagonista da cena. O palco será um ambiente de provocações, descobertas conjuntas, questionamentos. As aulas-espetáculo expõem e trazem à superfície as tensões, os desejos e a experiência de viver e revelar um pouco de como ocorre o processo criativo. Após a aula-encenação haverá um bate-papo com os artistas, momento que também contribui para a troca de saberes e curiosidades.

O Projeto A Procura do Gesto – Residências Artísticas é uma realização do Ateliê do Gesto e da Lúdica Eventos e Projetos Culturais, e foi contemplado pelo Edital de Fomento a Dança do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás 2017. O trabalho também contou com o apoio do Centro Cultural UFG – PROEC – Pro-Reitoria de Extensão e Cultura – UFG – Universidade Federal de Goiás, Instituto Federal de Goiás – Câmpus Goiânia e Câmpus Aparecida de Goiânia. 

Um mergulho no gesto – o que esperar?

O trabalho que será visto em Goiânia é parte do que foi construído pelo Ateliê do Gesto em suas andanças, em contato residente no Rio de Janeiro, com o que está sendo produzido na capital carioca. De acordo com João Paulo Gross, um dos responsáveis pelo projeto ao lado do Daniel Calvet, o trabalho com Duda Maia trouxe um impacto significativo nos conteúdos do grupo. Sobre isso, Gross explica: “depois que fizemos a residência com a Duda, percebemos as possibilidades de uma abordagem totalmente a partir do movimento. Isso proporciona um trabalho de grande escuta e mergulho dentro do campo criativo, deixando que o movimento se revele enquanto potência.”

O formato chamado de aula-espetáculo garante uma liberdade de apresentação de exercícios, cenas criadas, explicações verbais, vídeos, além do bate papo aberto com o público. Sobre esse resultado, João Paulo explica: “hoje em dia tem-se uma urgência em querer um resultado, em justificar as coisas. Um projeto dessa natureza tem um valor que muitos desconhecem, porém necessário para a arte, que precisa de um outro tempo para que algo possa emergir. É um projeto e um processo muito valioso e que precisa ser bem cuidado, com espaço e respiro para deixar chegar, para que possamos ter a sensibilidade e o comprometimento com o que se dará nesse encontro. Um espaço sagrado para a criação artística e o tempo do corpo, que hoje em dia, muitas vezes fica refém de prazos e burocracias que interferem no fazer artístico.”

As residências

Em 2023 o Ateliê do Gesto tanto ofertou uma residência para pesquisadores de Goiânia, quanto participou ele próprio de um trabalho de intercâmbio, junto à artista carioca Duda Maia. De acordo com os idealizadores deste projeto, o intuito foi estabelecer diálogos entre intérpretes/criadores, fortalecendo a cena artística local e nacional.

A residência em Goiânia pretendeu estabelecer uma relação de busca pela construção de novas linguagens em dança, relacionando o cenário cultural local com o trabalho feito em outras regiões do país.

O projeto como um todo pretendeu colaborar, assim, com a movimentação do mercado nacional, possibilitando um espaço para produção de conhecimento, troca de experiências e saberes e circulação de informação entre os envolvidos.

Equipe do projeto:

João Gross – diretor criativo do Ateliê do Gesto

Daniel Calvet – diretor criativo do Ateliê do Gesto

Duda Maia – Artista, diretora e coreógrafa convidada

Marci Dornelas (Lúdica Produções) – produtora do projeto

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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